CPI da Kopp está a apenas uma assinatura de acontecer

Vereador Rafael Bortoluzzi apresenta requerimento para abertura da CPI da Kopp assinado por outros dois vereadores. O regimento requer que haja ao menos quatro

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Fernanda Bruni/ON

Falta apenas uma assinatura para que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Kopp, empresa responsável pelas lombadas eletrônicas e semáforos da cidade, acusada de fraudes em municípios da região, se forme. Porém, apesar de parecer fácil, o vereador Rafael Bortoluzzi (PP), autor do requerimento, conta até o momento somente com as assinaturas dos vereadores da bancada do PTB, Márcio Tassi e Aristeu Dalla Lana. Os vereadores da oposição, Paulo Neckle e João Pedro Nunes do PMDB, disseram que esta será uma decisão em conjunto com a executiva do partido que deve se reunir para discutir o assunto hoje à tarde.

A discussão retomada na noite de ontem na sessão plenária da Câmara de Vereadores abriu uma brecha para provocações políticas. O vereador Roque Letti (PDT), que pertence à base do governo municipal disse que se a oposição assinasse, também assinaria. E os vereadores do PMDB fizeram alusão ao vereador Patric Cavalcanti (DEM) estranhando que ele não tenha assinado o requerimento uma vez que o mesmo já tem duas ações na justiça solicitando esclarecimentos sobre o assunto. Patric justificou que vem falando do assunto há dois anos no plenário e que até agora ninguém havia tomado providências sobre o tema que só ganhou repercussão após uma reportagem nacional. “A minha função como vereador de pedir esclarecimentos eu já cumpri”, comentou.

Os demais vereadores também se manifestaram dizendo que vão esperar a oposição tomar sua decisão para depois tomarem suas atitudes. O fato é que, caso a quarta assinatura seja conseguida, o requerimento de implantação da CPI segue para o deferimento ou não do presidente da Casa, Luiz Miguel Scheis (PDT), que disse que ainda precisa se inteirar melhor sobre o teor do pedido. Caso Luiz Miguel indefira, cabe recurso.

A obrigatoriedade das quatro assinaturas é uma norma regimental. O regimento pede que, para a abertura de uma CPI, haja dois terços de assinaturas dos vereadores. “Eu espero que todos os vereadores assinem, porque não podemos nos furtar da nossa função de fiscalizar para a elucidação de fatos que foram abordados em nível nacional”, comentou Bortoluzzi.
O vereador Dalla Lana se manifestou dizendo que tem certeza que conseguirão a assinatura porque não podem deixar passar em branco algo tão sério. Márcio Tassi disse que a CPI é uma oportunidade de investigar a fundo. “O partido não me interessa, me interessam as pessoas que podem estar envolvidas e essas têm de que ser retiradas do Executivo o quanto antes”, pontuou.

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