Fernanda Bruni/ON
Os vereadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar a empresa Kopp e seus contratos de instalação de semáforos e lombadas eletrônicas fizeram uma visita de cortesia ao prefeito municipal Airton Dipp (PDT) para se apresentarem formalmente, bem como os objetivos da CPI. Os membros titulares João Pedro Nunes (PMDB) e Márcio Tassi (PTB), e o suplente, Rafael Bortoluzzi (PP), foram até o prefeito. Na saída da reunião que era para ser aberta à imprensa, o prefeito foi procurado para falar sobre a CPI. Sua resposta foi taxativa: “CPI não é comigo, deixo com os vereadores”, disse Dipp que fechou a porta do gabinete.
Lá dentro, o vereador Tassi disse que foram muito bem recebidos pelo prefeito. “Foi uma primeira reunião de cortesia. Quando há uma investigação do legislativo ao executivo é uma questão um pouco delicada e nada mais justo que uma relação cordial. Nós fomos informar ao prefeito que a partir de hoje (ontem) a CPI seria instalada, e a partir de amanhã (hoje) começaríamos os trabalhos. Solicitamos também que toda vez que pedirmos documentos que seja feito com maior rapidez e agilidade. Fomos muito bem recebidos pelo prefeito que colocou à disposição, abrindo as portas do executivo para fazermos a investigação”, declarou.
De acordo com o vereador, Dipp se comprometeu de enviar com urgência os documentos assim que solicitados e sugeriu que um representante do executivo acompanhasse a CPI. Esse nome deve ser divulgado nos próximos dias. “Deixamos bem claro ao prefeito que as reuniões serão abertas ao executivo, à imprensa e a quem quiser acompanhar. Não estamos aqui para esconder nada de ninguém e vamos fazer tudo da forma mais transparente possível. Vamos solicitar a partir de agora o edital, o contrato, a licitação de todas as empresas que participaram e, assim, dar o pontapé inicial. Esse é o começo da CPI. Agora, para onde ela vai e como vai terminar isso eu ainda não sei responder”, disparou Tassi.
De acordo com Bortoluzzi a CPI tem 180 dias renováveis por mais 180 para ser concluída. “Mas claro que nós não queremos demorar todo esse tempo. Temos pressa em resolver essa questão”, argumentou.