Engenheira não comparece à reunião da CPI

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Redação/ON

A engenheira responsável pela assinatura do estudo técnico aprovando a colocação das lombadas eletrônicas em Passo Fundo, Gislaine Alves, não compareceu à reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Lombadas Eletrônicas de ontem porque está em férias. Ela é uma das principais fontes de informação para buscar explicações do estudo que já teve várias irregularidades apontadas pelos membros da CPI. Entre as irregularidades está o carimbo da Secretaria de Segurança Pública criada comente em 2011, num estudo realizado em 2008. Além disso, falta datas nas especificações do estudo.

Segundo o vereador e suplente da CPI, Rafael Bortoluzzi (PP), a comissão vai aguardar o retorno da engenheira. “Vamos esperar, fazer a notificação pessoalmente para que ela possa comparecer já na próxima segunda-feira, dia 23. Como surgiu essa grande divergência no estudo técnico não tem como a comissão avançar nos trabalhos sem ter total certeza do que está acontecendo. Ela deverá nos explicar como esse estudo foi feito, se foi realmente feito, para podermos dar seguimento às investigações. Ela pode nos elucidar muito coisa como o método utilizado para se chegar a este estudo, que tipo de contagem de veículo foi feita, se nós temos as ocorrências dos acidentes retratados no estudo, entre outros aspectos. Aí nós vamos poder saber se o estudo técnico fez parte de um estudo real ou se foi jogado em cima de um processo para justificar a instalação das lombadas eletrônicas”, comentou.

Conforme Bortoluzzi, o estudo técnico é um aglomerado de informações necessárias para a implementação da fiscalização eletrônica de velocidade. “O nosso estudo técnico aqui em Passo Fundo não está de acordo com as normas. No estudo tem que ter o nome da pessoa responsável, a sua assinatura e a data da sua realização. Qualquer alteração do local de instalação dos equipamentos deve ser acompanhada de um novo estudo técnico, o que não aconteceu aqui em Passo Fundo quando a orientação da velocidade era de 40 km/h e depois passou para 50 km/h. O estudo que temos ainda está com os 40 km/h e, portanto, está infundado e não pode ser norteador de infração de trânsito”, declarou.

Já existem na assessoria da CPI 14 volumes de documentos num montante de cerca de 3.500 páginas. Ontem chegaram os aditivos solicitados ao Executivo, porém sem as fundamentações de suas justificativas. “Mais uma vez os nossos trabalhos ficam prejudicados. Nós solicitamos desde o início os documentos referentes à contratação da empresa Kopp. Os aditivos vieram, mas não nos mandaram a justificativa e nem a cópia do processo interno. Nós queremos saber porque a prefeitura passou a pagar mais R$ 3,41 a mais por imagem à empresa Kopp. Por que e quem solicitou esse aumento? Hoje fiz um desabafo na reunião da CPI ao líder do Governo na Câmara, vereador José Eurides de Moraes (PSB) para que o Executivo tenha mais zelo no envio dos documentos. Não queremos incriminar ninguém. Nós só queremos devolver a segurança todos os condutores de veículos aqui de Passo Fundo”, finalizou Bortoluzzi.

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