“Quero que a líder do governo nos explique por que é necessária mais uma diretoria dentro do Banrisul”. O desafio lançado à base do governo partiu do deputado vice-líder da bancada do PMDB, e ex-diretor do Banrisul, Gilberto Capoani, durante a sessão plenária realizada na tarde desta terça-feira (24).
A denúncia é referente a iniciativa do Governo do Estado em criar uma nova diretoria no Banrisul, a nona do governo petista. "O banco dos gaúchos pode virar um cabide de emprego para acomodar mais um companheiro político. O governo do PT deve explicações", criticou Capoani, para quem a a criação de mais uma estrutura dentro da instituição financeira é descabida. "Por muitos anos, o Banrisul teve uma gestão exitosa ocupando apenas sete das oito diretorias existentes", acrescentou o deputado.
Capoani manifestou-se surpreso com a publicação de editais do banco convocando uma assembleia extraordinária dos acionistas para o próximo dia 7 de junho, quando será votado a criação da nova estrutura. "Como o governo é sócio majoritário do Banrisul, lamentavelmente teremos mais um aumento de despesas. Já foram criados tantos CCs desde o início do ano, com mais de R$ 120 milhões de despesas nos quatros do governo do PT", ressaltou o peemedebista. Para o parlamentar, “além de uma salário mensal de R$ 23 mil para o novo diretor a ser nomeado, mais esta divisão ampliará as despesas do Banrisul com outras funções", criticou.
Ele cobrou ainda explicações sobre a finalidade da nova diretoria. "O Banrisul é uma empresa que orgulha cada um de nós, gaúchos. Não pesa no bolso do contribuinte, servindo como instrumento para alavancar o desenvolvimento do Estado, para gerar emprego e desenvolvimento, para apoiar os movimentos sociais e culturais do nosso Estado, mas nunca serviu de cabine de emprego", ressaltou Capoani.
Capoani observou ainda a incoerência do atual governo que, além de promover o inchaço da máquina com as nomeações de cargos políticas, agora busca aumentar a a arrecadação por conta de aumento dos descontos do IPE e a criação da taxa de inspeção veicular. "Já estamos sobrecarregados de impostos, sem falar no calote o da dívida pública para aquelas pessoas que são credoras do Estado no caso das RPVs", arrematou o parlamentar.