Redação ON
Modificar e criar novas alternativas para melhorar a eficiência do transporte coletivo da cidade é a proposta de um estudo apresentado ontem à Comissão de Educação e Bem Estar Social (Cebes) da Câmara. A pesquisa é fruto de um trabalho de conclusão de curso do arquiteto Daniel Bastos Bueno.
A ideia inicial do projeto é integrar as linhas de transporte e criar terminais de ônibus em pontos estratégicos da cidade. Tendo como exemplo cidades que utilizam este sistema, como Curitiba e Bogotá, o estudo propõe instalar esta nova forma de transporte coletivo na cidade. Em coerência com a malha urbana da cidade, o estudo apresenta uma forma de integração de linhas, criando uma conexão entre os espaços públicos hoje utilizados, como o centro e espaços nos bairros que, segundo a pesquisa, estão gerando novos pólos em termos de estrutura.
O autor do estudo afirma que a cidade tem um sistema de transporte público arcaico e que este sistema melhoraria consideravelmente as condições de tráfego e conforto à população, e cita espaços como a Gare e a Prefeitura Municipal como possíveis pontos para a construção de um terminal. “Passo Fundo hoje não tem áreas livres para novas construções, hoje a gente demole alguma coisa, o que não seria adequado, ou a gente reestrutura outras áreas. A Gare é um espaço que tem grande potencial tanto social quanto cultural, é um marco da cidade, um espaço que está integrado, no centro, e que hoje está sendo esquecido pela população e pelo poder público devido à questão de segurança e iluminação. A ideia seria revitalizar essa área para comportar um sistema de transporte”, explica.
O presidente da Cebes, vereador Juliano Rosso (PCdoB) considera eficaz a iniciativa de tornar o estudo público. “Muitas vezes a academia e as universidades fazem trabalhos belíssimos e não mostram pra sociedade, não por maldade, mas porque a academia faz muito pra ela mesma. O meio acadêmico produz muito para si mesmo. Quando tive contato com o Daniel sugeri pra ele apresentar o projeto na câmara, pra comissão e pra sociedade”, relata.
A estimativa para a realização do projeto, caso seja aproveitado pelo Município, é de médio a longo prazo. “É um projeto pro futuro de Passo Fundo. Espero que a ideia dele possa ser, senão num todo, parcialmente utilizada pelos governos futuros que vão administrar Passo Fundo”, diz Juliano.
Estudo propõe mudanças no sistema de transporte
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