Câmara analisa veto ao projeto que restringe hipermercados

Vereadores tratam o tema com cautela e não antecipam posicionamento

Por
· 2 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Amanda Scharr/ON

“A única coisa de que falo e que prometi é a votação para amanhã (hoje)”, já anuncia o presidente da Câmara de Vereadores quando questionado sobre a existência ou não de acordo de plenário. Como não vota, Luiz Miguel Scheis (PDT) informou que não se envolveu no debate sobre a votação do veto do prefeito Airton Dipp ao projeto que restringe a instalação de mercados com tamanho superior a 2 mil m². A Câmara analisa a decisão do Executivo hoje às 17h.

Para a derrubada do veto são necessários sete dos onze votos, já a manutenção exige apenas seis posicionamentos a favor. A polêmica em torno da proposta, com mobilização da opinião pública, causou certa reserva por parte da maioria dos vereadores. Embora alguns declarem a tendência do voto, não descartam uma mudança de posicionamento.

Apenas Patric Cavalcanti (DEM) foi taxativo sobre seu voto: “mantenho o veto”. Juliano Roso (PCdoB) embora afirme que já tomou sua decisão, informou que só vai revelar durante a votação. Rafael Bortoluzzi (PP) também adotou a mesma postura.
O líder da oposição, Márcio Tassi (PTB) declarou que seu voto está “90% definido pela derrubada do veto”. Segundo ele, seu colega de partido Aristeu Dalla Dala Lana seguiria a mesma tendência. Porém, sobre um possível acordo entre a oposição, Tassi diz não haver consenso.

O vereador Zé Eurides de Moraes (PSB), líder da base, disse que seu posicionamento pessoal é pela derrubada do veto. “Porém, se houver uma decisão coletiva, junto com as entidades e os demais vereadores eu mudo meu voto”, afirmou Zé Eurides. “Pela minoria do grupo não mudo minha posição. Votei (pela aprovação do projeto) com convicção e só altero meu posicionamento se for me provado que o contrário será melhor para o município”, ressaltou. O socialista também não descarta a possibilidade de que a votação seja adiada, o que trancaria a pauta até a análise do veto.

No sentido contrário, Rui Lorenzato (PT) tende a manutenção da decisão do Executivo. “Diante de toda a discussão e conversa com a comunidade conseguimos clarear bem esta questão e não há porque limitar a área de novos mercados, até porque já existem dois com tamanho inclusive superior”, considera.

De acordo, Alberi Grando (PDT) afirmou ser pela manutenção do veto e que fará questão de apresentar um novo projeto. Para o pedetista a limitação de área não é uma forma de defender os empreendedores locais. Grando informou ainda, que a base vai se reunir na Câmara, no início da tarde, e após com o prefeito Airton Dipp para, em seguida, levar o veto à votação. Na segunda-feira, após a sessão plenária, chegou a se cogitar uma reunião para discutir o tema, mas com a ausência de alguns vereadores, esta não chegou a ocorrer.

Gostou? Compartilhe