Dia de críticas ao Executivo

Sessão teve como estopim a situação do aterro sanitário e o depósito de lixo no Rio Passo Fundo

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Oposição e situação se mostraram municiadas contra a administração municipal nesta quarta-feira.   Uma sessão que prometia não ter relevância pela ausência de propostas a serem debatidas e votadas, se arrastou por cerca de três horas, revelando-se uma trincheira contra o Executivo. O estopim para as críticas foi da inviabilidade do aterro sanitário na cidade e impasse no local para depósito do mesmo, ao estado de degradação do Rio Passo Fundo.

A oposição aproveitou a presença da comunidade no plenário, em virtude de homenagens, para fazer duras críticas à administração. 

O líder da oposição, vereador Márcio Tassi (PTB), abriu fogo contra o Executivo com o que considerou de “dois assuntos lamentáveis”. Segundo ele, não há estudo técnico para implantação de monitoramento de trânsito na cidade (o documento apresentado pela Administração tem a autenticidade questionada pela CPI dos controladores de velocidade), "por teimosia do prefeito, por incompetência de seus servidores". Com isso, Tassi continua argumentando que as multas aplicadas são irregulares. Em seguida o petebista lamentou a situação do rio que dá nome ao município, completamente coberto por lixo em certos trechos.

 Os aliados seguiram apontando problemas na Administração.  O líder da base José Eurides de Moraes (PSB), disse estar sendo paciente e compreensivo com o Executivo, mas que o nível de dificuldade para a resolução torna impossível não reclamar certos pontos. Zé Eurides clamou para que a falta de sinalização e iluminação nas vias sem monitoramento eletrônico, principalmente em locais com lombadas físicas, seja sanada.

O vereador Patric Cavalcanti (DEM) foi enfático ao questionar o potencial administrativo da gestão e o tratamento do dinheiro do município. Também fez críticas duras à competência do secretário de Meio Ambiente, Clóvis Alves.  "Todos nós somos cobrados sobre este problema (o lixo na cidade), espero que o líder da base, vereador Zé Eurides, leve este questionamento ao seu colega de partido, secretário do meio ambiente". O democrata anda apontou que o
Orçamento Cidadão não estaria sendo executado pelo município. 

Rafael Bortoluzzi (PP) engrossou a ofensiva contra a pasta responsável pelo Meio Ambiente.  "Não são apenas erros. Há descaso da administração (...) Eu nunca vi uma administração criar tantos cargos e não conseguir resolver problemas", enfatizou. O progressista foi seguido por Aristeu Dalla Lana (PTB), quem levantou a insustentabilidade do aterro sanitário em Passo Fundo . "Acabaram com a área verde que nós protegemos", disse sobre as células para depósito do lixo que já estavam esgotadas. "Um bando de preguiçoso que nunca fez nada na vida, é assim que funciona o secretariado em Passo Fundo”, disparou.

Troca de secretariado

Nem Roque Letti (PDT) deixou impune o prefeito do seu partido e ainda abriu mais uma trincheira: o prazo para a saída dos secretários que pretendem concorrer a cargos eletivos. O prefeito Airton Dipp orientou que os responsáveis pelas pastas deixem as secretarias até o final do ano. “Meu prefeito vamos fazer a reforma do secretariado, já. Porque secretário tem que trabalhar para o povo e não ficar fazendo campanha enrustida”, afirmou.


Financiamento Pró Transportes
Paulo Neckle foi jocoso ao comentar a resposta do Executivo a um pedido de informações feito pela COTC, sobre o empréstimo de R$ 32 milhões junto ao Ministério dos Transportes.  “Pedimos somente o cronograma de obras, quais e quando vão ser executadas, somente isso. Acreditem os senhores, em duas semanas veio a resposta, o que não acontece há muito tempo. Mas é uma pérola de resposta, algo para ficar nos anais desta casa”. Nas palavras de Neckle, o documento enviado pelo Executivo responde que o projeto obedecerá o seguinte cronograma: A) aprovação da Câmara de Vereadores para o financiamento; B) encaminhamento de documentação para o agente financeiro; C) elaboração do projeto executivo. "Eles mesmos estão dizendo que não existe projeto nenhum, o que o Executivo quer é um cheque em branco desta Casa", concluiu.

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