A saída do ministro do Trabalho, Calos Lupi, do governo, anunciada ontem (4), já é uma “página virada” para os líderes do governo no Senado e no Congresso. O líder no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) admitiu que o ministro perdeu o amparo político para se manter no cargo. “O ministro Lupi perdeu a condição política de se manter no ministério, entregou o cargo e a presidenta aceitou. Acho que esse é um processo que está encerrado, é uma página virada, agora assume o interino do Ministério do Trabalho aguardando uma posição da presidenta da República”, declarou hoje Jucá.
Ele procurou minimizar a saída de sete ministros do governo Dilma em menos de um ano. Na opinião do líder no Senado, isso é sinal da transparência do governo. “Na hora que surge algum dado a presidente manda esclarecer, manda investigar. Se houver algum tipo de desconforto dos ministros, os ministros pedem para sair e a presidente aceita. Portanto, o governo é transparente”, disse Jucá.
O líder do governo no Congresso Nacional, senador José Pimentel (PT-CE), também evitou comentar as denúncias que envolveram Lupi e as alegações dele de que foi retirado do cargo por acusações infundadas promovidas por uma campanha midiática. “Eu sou um daqueles que aprendi que quando uma pessoa deixa um cargo o nosso olhar deve ser para frente”, disse o senador.