De volta ao plenário

Câmara retoma atividades com a presença do prefeito, em sessão especial de abertura

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Dignidade e ética foram as palavras mais citadas durante a reunião especial de abertura do ano legislativo. Na tarde de ontem, 15, a sessão inaugural de 2012 na Câmara de Vereadores foi prestigiada por secretários municipais e lideranças comunitárias que ouviram a mensagem do presidente da Casa, prefeito Airton Dipp – convidado para a cerimônia – e demais vereadores.

"Fizemos nosso tema de casa. Quero agradecer a todos os vereadores, mas principalmente os colegas de oposição, entre os quais dois estavam viajando e prontamente se dispuseram a comparecer (às sessões extraordinárias realizadas para votação de projetos do Executivo)", lembrou o presidente da Casa. Em pronunciamento breve, como viria a ser a maioria, Scheis afirmou que dentro do parlamento municipal a posição é somente no campo político, não contra de Passo Fundo. Um fator destacado foi o aumento de vereadores. "Estamos com a nossa consciência muito tranquila com a aprovação do número previsto pela Lei Orgânica, de 21 vereadores, diferente de outros municípios que perderam a sua representatividade", comentou.

Já a mensagem do chefe do Executivo foi marcada pelo reconhecimento ao trabalho da Câmara para o bom andamento dos projetos que estão sendo realizados em Passo Fundo, especialmente obras de infraestrutura. Dipp ressaltou contar com o apoio dos vereadores independentemente do ano eleitoral. "Queremos dar continuidade aos projetos estão sendo feitos". E apontou resultados positivos como resultantes de um contexto histórico que teve a contribuição de muitas pessoas.
Seguiram as manifestações de todos os vereadores. Alberi Grando (PDT) surpreendeu ao conclamar que seus colegas se unam para que as sessões plenárias comecem de fato às 17h, horário regimental, e não com os habituais 30 a 50 minutos de atraso. Aristeu Dalla Lana (PTB) pediu a proteção de Deus para que a Câmara cumpra sua função com 'dignidade e ética’. "Pela realização de um trabalho simples ordeiro e que traga resultado para a nossa comunidade e que tenhamos com o dinheiro público o mesmo cuidado que temos com o dinheiro da gente", frisou Dalla Lana.

João Pedro Nunes (PMDB) destacou a o trabalho do Legislativo, que definiu como o poder mais democrático e também comentou a importância do ano eleitoral. O vereador José Eurides de Moraes (PSB) refletiu sobre a participação do seu partido na administração e a importância da sigla para os rumos do município.

Juliano Roso (PCdoB) afirmou que o prefeito Dipp demonstra o respeito ao comparecer na solenidade de instauração do ano legislativo e ilustrou a importância do comprometimento parlamentar com um fato histórico, coincidente à data. “No dia 15 de fevereiro de 1977, o último vereador foi cassado pela Ditadura Militar, após ter tomado posse por 48 horas”, relatou. O comunista ainda fez um apelo para o prefeito. “Existem leis que estão sendo feitas nesta Casa e não estão sendo cumpridas e respeitadas pelo Executivo, como a lei do parcelamento do ITBI pela qual trabalhamos tanto”, reclamou.

O líder de oposição Márcio Tassi (PTB) não abriu mão do tom polêmico ao citar que seu partido já está trabalhando pela eleição de candidato a prefeito. Ele também foi enfático ao solicitar que os pedidos de informação ao Executivo sejam atendidos no tempo hábil, conforme previsão legal.

Patric Cavalcanti (DEM) comentou o trabalho dos vereadores como auxiliares da população e ao considerar que o ano será marcado por debates ideológicos, pediu cautela no uso da tribuna. Na fala de Paulo Neckle (PMDB) teve destaque reclamação sobre atividade da Corsan, especialmente esgotamento de poços negros e mudança prevista no custo de tarifas.
Rafael Bortoluzzi (PP) reafirmou o juramento de cumprir as leis e trabalhar com lealdade pelos objetivos comuns da comunidade. Roque Letti (PDT) fez uma defesa inflamada da administração municipal, frisando a atração de empresas e geração de empresa em Passo Fundo. Para Letti a Manitowoc será um marco incomparável. Completando as manifestações, Rui Lorenzato (PT) frisou os projetos de sua autoria aprovados e desejo de que seu partido de prosseguimento ao trabalho atual.

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