Querem que a gente rasgue as nossas convicções, diz Zambonato

PSDB de Passo Fundo é enfático ao negar qualquer possibilidade de mudança de coligação

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Com uma argumentação voltada para a manutenção do compromisso assumido com a chapa PMDB/PP para a prefeitura, a principal liderança do PSDB municipal, Evandro Zambonatto, foi contundente em entrevista concedida a Rádio Uirapuru, na manhã de quarta-feira, 23. Ao suceder a fala do presidente estadual do partido, deputado Nelson Marchezan Junior, Zambonato criticou a postura da executiva gaúcha e a insistência pelo apoio ao deputado Luciano Azevedo, pré-candidato a prefeito do PPS. “Não aguento mais andar nas ruas de Passo Fundo e ficar explicado quem é que o PSDB vai apoiar ou deixar de apoiar. Vamos apoiar Osvaldo Gomes, o PSDB estadual querendo ou não, porque nós demos a nossa palavra e nós que estamos em Passo Fundo, temos que dar explicação à população de Passo Fundo. O PSDB estadual tem a sua legitimidade de buscar o melhor para o partido no estado, mas eles não estão nem um pouco preocupados em como vai ficar o nosso crédito”, disse.

O tucano passo-fundense assumiu que a visão estadual do partido é legítima, mas considera que a autonomia do diretório local deve ser priorizada nas eleições municipais. “O partido vê o estado como um cenário todo, com interesses aqui e ali onde o PSDB pode fazer outras parcerias com o PPS e, caso o deputado Luciano se eleja, a primeira suplência é nossa e o PSDB teria mais um deputado”, ponderou para depois emendar: “agora é eleição de prefeito, vice e vereador. Não é reedição de deputado estadual e governador”.

Para Zambonato o problema está em descumprir com um trato por uma vontade alheia aos interesses locais. “Não temos nada contra a candidatura do deputado Luciano Azevedo, temos uma questão de resgate da palavra na política. Assumimos um compromisso de partido, diretório e executiva, de apoiar o Osvaldo Gomes ainda quando o PPS estava junto conosco nesta coligação”, recordou. Ele pondera ainda que a coligação atual não fere o conteúdo programático do PSDB.

Sobre a possibilidade de ceder à vontade estadual e apoiar a candidatura do PPS, o líder do PSDB respondeu que gostaria que o deputado Luciano entendesse que o PSDB já fechou questão sobre o assunto e desistisse de uma aproximação. “Como vamos entrar em uma coligação sem querer? A gente não quer coligar com ele. Por mais que em última hipótese nós sejamos obrigados por uma intervenção estadual, vamos brigar na Justiça, mas não é porque nós somos radicais, mas porque tem que se respeitar um compromisso assumido pelo partido”, assegurou.

Convidado a se manifestar sobre o tema, o deputado Luciano Azevedo se limitou a afirmar que esta é uma questão interna do PSDB e que independente da definição vai respeitar o posicionamento.

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