Os registros de candidatura para a Prefeitura de Passo Fundo efetuados junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) indicam limites de gastos de campanha que vão de R$ 30 mil até R$ 1,5 milhão. Os custos mais modestos com candidaturas são os estipulados pelo PSTU de Bradimir da Silva, fixado em R$ 30 mil, e pelo PSOL de Marcelo Zeni, com teto de R$ 50 mil. Os dois partidos não tem aliados nestas eleições. Na outra ponta estão as alianças Passo Fundo Unindo Gerações, de Osvaldo Gomes, com um limite de R$ 1 milhão e as coligações Juntos Podemos Mais, de Rene Cecconello, e Juntos por Passo Fundo, de Luciano Azevedo, ambas com gastos máximos delimitados em R$ 1,5 milhão.
“Estes investimentos contemplam especialmente as agências, a produção de material, a produção de televisão que é muito cara”, conta o coordenador do PT/PDT, Marcos Citolin. Ele afirma que existe um conjunto de profissionais que onera significativamente os custos de campanha. Além disso, a produção de faixas, envelopamento de carros, produção de panfletos, despesas com combustível e outros materiais resulta em um valor alto. “Os veículos são os mesmos, não tem nada de novo porque a lei eleitoral é muito restritiva neste sentido, não dá pra criar muito. Vamos usar os antigos materiais com novos formatos”, avalia sobre os meios de divulgação a serem utilizados.
A coligação Juntos por Passo Fundo deve focar em materiais tradicionais de campanha. “Nosso maior investimento vai ser em termos de divulgação na panfletagem. Já a partir da semana que vem vamos montar uma equipe para levar nossas propostas aos eleitores dos bairros, fazendo uma primeira cobertura da cidade com propaganda”, afirmou o coordenador Tadeu Karczeski. Na opinião de Karczeski excetuado o custo com a produção de mídia para rádio e televisão o valor restante para investimentos não é tão expressivo. Por isso a intenção é racionalizar custos. “Estamos tentando gastar o mínimo do mínimo para chegar com um fôlego lá no dia 7 de outubro”, disse.
O coordenador do PSTU, Orlando Marcelino da Silva Filho, aposta no envolvimento da militância para economizar. “Muitas coisas nós mesmos faremos, desde a produção de adesivos ou pintura pra carros, grafitagem, somos nós que produziremos. Além disso, não temos a prática de contratação de cabos eleitorais, o que tem um custo alto”, explicou. Mesmo algumas tomadas para a propaganda eleitoral gratuita serão feitas com câmeras amadoras pelos membros do partido. “A prioridade de gastos vai ser com televisão porque disso não temos como fugir e os demais gastos vão ser com panfletos e mesmo assim vamos procurar fazer impressões mais baratas, em impressoras rápidas. Vamos procurar baratear os custos”, esclareceu. Para contrapor o orçamento pequeno um aliado importante será também a internet.
“Além dos programas de TV e rádio, que pra nós são importantes porque temos poucos recursos, nós vamos utilizar bastante a internet, com e-mail e Facebook, que dentro dos limites legais”, destacou o coordenador de campanha do PSOL, Celso Dalberto. Visitas a empresas e portas de escolas, debates e a conversa direta com os eleitores também terão atenção especial por proporcionarem contato com o candidato e não incidirem em custo. “Não vamos investir em carros de som e painéis, por exemplo, porque avaliamos que além de não termos recursos estes meios não trazem o retorno satisfatório”, pondera. “Vamos apostar na militância e buscar aglutinar setores da sociedade e atingir setores excluídos da sociedade”, concluiu.
Já o coordenador de coligação Passo Fundo Unindo Gerações, Alori Castilhos, afirmou que, embora com estratégias alinhavadas o assunto ainda não está sendo priorizado, de modo que preferiu não comentar o assunto. De acordo com a legislação eleitoral, gastar recursos além do limite fixado por cargo eletivo pelo partido sujeitará o candidato a multa no valor de 5 a 10 vezes o valor excedido, podendo ainda o responsável responder por abuso do poder econômico.