Estudo realizado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) mostra que o percentual de prefeitos que tentarão um segundo mandato neste ano é o de 2.736 (74,8%) perdendo para os que tentaram concorrer da eleição passada que foi de 78,6% desde a introdução do instituto da reeleição. Dos 3.659 prefeitos que podem disputar a reeleição em 2012, 2.736 (74,8%) registraram suas candidaturas e vão concorrer.
Em 2000, na primeira eleição municipal na vigência da emenda constitucional da reeleição, todos os 5.558 prefeitos puderam disputar o segundo mandato, mas apenas 3.448 o fizeram (62,0%). Em 2004, o número de prefeitos em condições de se reeleger caiu para 3.556, e o número efetivo de candidatos à reeleição foi de 2.251 (63,3% dos que podiam). Ou seja, embora o número absoluto de candidatos à reeleição de 2000 ainda seja o maior, o índice de tentativa de reeleição tem crescido a cada pleito, atingindo o maior porcentual das três eleições em 2008.Com base nos resultados do Tribunal Superior Eleitoral, o porcentual de sucesso dos prefeitos na reeleição foi coincidentemente de exatos 58,2% nos dois primeiros pleitos e em 2008 alcançou 65,9%. Se utilizarnos uma média simples das três últimas eleições, teremos 1.660 prefeitos reeleitos.
Para o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, este porcentual de prefeitos que tentará a reeleição é um dado relevante, que pode refletir a melhoria dos indicadores fiscais e de gestão dos municípios. “Os prefeitos sanearam as contas no último mandato e presumem que poderão se planejar melhor num segundo mandato e concluir as obras e projetos iniciados”, diz Ziulkoski. Segundo ele, entretanto, ainda há um número considerável de prefeitos que desiste de concorrer em virtude da fiscalização ostensiva e – até certo ponto – desigual que sofrem do Ministério Público, se comparado com os governadores. “Apesar disso, a maioria está se atrevendo a buscar a reeleição”, afirma o presidente. Também salienta que a nova gestão que será eleita este ano, será caracterizada por novos prefeitos e prefeitas.