O que fazer com o Ginásio Teixeirinha

Os candidatos a prefeito respondem como solucionar o problema representado por uma das obras públicas mais caras já realizadas pelo Município e que está sem utilidade

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Amanda SchArr/ON

Uma grande e controversa obra que consumiu R$ 12 milhões em sua construção está sem utilidade há quase um ano. Desde a inauguração, em 2004, o Ginásio Teixeirinha nunca chegou a ser plenamente utilizado para a finalidade que foi criado: ser o centro poliesportivo da cidade. Além dos problemas técnicos constatados no local, a estrutura está em mau estado e segue se deteriorando enquanto um processo judicial analisa a responsabilização da empresa construtora. A estrutura também já foi alvo de vandalismo, furtos e baderna.

Mesmo sem reverter em benefícios para a população o ginásio continua consumindo recursos públicos. Para sanar o problema ON perguntou aos candidatos a prefeito: “Qual o seu plano para o Ginásio do Teixeirinha?”. Veja a intenção de cada candidato.

Bradimir da Silva, candidato a prefeito pela Frente Política PSTU/CS
Primeiro queremos afirmar que o Ginásio é um modelo de mau uso do dinheiro público, segundo, que para sua utilização é necessário uma perícia técnica. Caso seja possível sua utilização pretendemos sim torná-lo um centro esportivo e cultural para a prática de diversos esportes e manifestações culturais; tornando-se necessária a sua ampliação, criação de um corpo técnico, profissionais para treinamento, e em conjunto com as instituições de ensino e clubes da cidade criar uma equipe multidisciplinar para uso do local conforme definição do Conselho Popular.

Luciano Azevedo, candidato a prefeito pela coligação Juntos por Passo Fundo
Vamos recuperar o ginásio para a utilização plena da comunidade. Vamos devolvê-lo à população para a prática de esportes e para a realização de eventos de médio e grande porte. Para isso, buscaremos recursos e investiremos na correção daquilo que foi mal feito e conservaremos o ginásio, que é patrimônio da comunidade. O ginásio não pode ser uma fonte de despesas. Ao contrário, ele tem que ser autossustentável, gerando renda nos eventos privados e permitindo o acesso da população nas atividades promovidas pelo poder público. Vamos recuperar o Ginásio para que ele seja útil para a comunidade, o que até agora não ocorreu plenamente.

Marcelo Zeni, candidato a prefeito pelo PSOL
A primeira medida para o ginásio é torna-lo adequado para a prática de esportes. Caso não haja esta possibilidade, encontraremos outra finalidade ao local, a partir de estudos técnicos, como, por exemplo, a construção de um novo centro administrativo para a prefeitura ou até mesmo um novo hospital municipal.  Também não podemos descartar a hipótese de torná-lo uma nova rodoviária, pois entendemos que o local é adequado. Se não houver solução viável financeiramente, não descartamos a hipótese de derrubá-lo, pois é inaceitável que o Município continue gastando dinheiro com uma obra inútil, enquanto faltam recursos para pagar decentemente os professores, por exemplo.

Rafael Bortoluzzi (PP), candidato a vice-prefeito pela coligação Passo Fundo Unindo Gerações
O ginásio Teixeirinha para nós é uma questão muito simples de resolver. Importante salientar que a obra foi construída pelo então prefeito Osvaldo com verba própria do município, sem empréstimo e aprovada por auditorias do Tribunal de Contas do Estado. O ginásio foi bem construído mas, logo após, abandonado. E quem abandonou deve ser responsabilizado. Vamos dar vida ao ginásio, levar a Sedec para lá, recuperá-lo, promover ações no local, fazer valer o investimento, já que trata-se de um ginásio modelo no estado e está abandonado por divergência política.

Rene Cecconello, candidato a prefeito pela coligação Juntos Podemos Mais
O Ginásio do Teixeirinha teve sérios erros de execução da obra, que comprometeram o uso do espaço. No primeiro governo Dipp se fez um esforço de adequação daquele espaço para receber competições estaduais e nacionais, infelizmente nenhuma confederação nacional aprovou seu uso para competições de alto desempenho. Estas falhas foram apontadas pela administração e se transformaram em uma ação judicial que ainda tramita na Justiça, pedindo a responsabilização da empresa que executou a obra. Até o fim desta ação a prefeitura não pode realizar mais investimentos. Até lá faremos o melhor uso possível com a instalação da Sedec e a realização de competições amadoras e eventos culturais.

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