A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, fez um balanço das eleições municipais deste ano e ressaltou que, pela primeira vez desde a adoção das urnas eletrônicas, houve uma eleição (o segundo turno do último domingo) realizada 100% em meio eletrônico, não sendo necessário utilizar cédulas de papel depositadas em urnas de lona. No segundo turno, o índice de substituição de urnas eletrônicas por urnas sobressalentes foi de 0,3%, contra 0,5% no primeiro turno.
“Realmente, a máquina, o sistema e os servidores que se habilitam e que trabalham muito dão uma resposta absolutamente impressionante”, afirmou a ministra. Ela ressaltou ainda a redução do uso de tropas federais no segundo turno, quando foram deslocados contingentes para apenas duas cidades – Campina Grande-PB e São Luís-MA. “Isso se deve à atuação mais rigorosa deste Plenário no que se refere à requisição de forças federais. Nas outras eleições municipais, comparativamente, esse número chegou a ser dez vezes maior”, informou.
A presidente do TSE afirmou que a existência de três fusos horários no país foi uma “dificuldade a mais” que certamente deverá ser levada em conta em eventuais estudos de especialistas e cientistas políticos que analisarem o aumento do índice de abstenção verificado neste pleito. No primeiro turno, dos 138.544.318 eleitores habilitados a votar, 115.807.514 compareceram, resultando no índice de abstenção de 16,41%. No segundo turno, o índice foi de 19,12%, tendo em conta que dos 31.725.967 eleitores habilitados a votar, compareceram às 86.187 seções eleitorais 25.661.378 para eleger 50 prefeitos.
Ministra destaca a primeira eleição 100% em meio eletrônico
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