Senador Ivo Cassol é condenado por improbidade administrativa

Ministério Público Federal em Rondônia desvendou caso de compra de votos que beneficiaria Ivo Cassol

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O senador Ivo Cassol (PP-RO) foi condenado por impobridade administrativa pela Justiça Federal. Ele também teve seus direitos políticos cassados por cinco anos, segundo informou o MPF (Ministério Público Federal) de Rondônia. Por intermédio de sua assessoria, Cassol disse que vai recorrer da decisão.

Em 2006, o Ministério Público Federal em Rondônia desvendou caso de compra de votos que beneficiaria Ivo Cassol, Expedito Júnior e outras pessoas. A investigação gerou várias ações eleitorais, mas as testemunhas que prestaram depoimento acabaram sendo vítimas de constrangimentos diversos e ameaças, sendo cinco delas até incluídas em programa de proteção à testemunha. Esse assédio ilegal foi ordenado por Ivo Cassol, que à época governava o Estado, e executado pelos policiais e também por Agenor Vitorino de Carvalho. Para cometer os abusos foi até instaurado um inquérito policial manifestamente ilegal.

Ivo Cassol e os policiais, dentre outras pessoas, acabaram processados criminalmente pela Procuradoria-Geral da República pela prática de diversos crimes. Na ocasião, Antonio Fernando Souza, procurador-geral da República em 2007, afirmou na denúncia que “a investigação estadual foi mesmo instaurada com o claro intuito de criar fatos novos relacionados aos delitos eleitorais, mediante a manipulação de provas e intimidação de testemunhas, a fim de beneficiar os candidatos envolvidos na compra de votos. Toda a farsa foi executada a mando do governador Ivo Cassol, que se utilizou do aparato de segurança do Estado de Rondônia para tentar desqualificar a investigação dos crimes eleitorais imputados a ele e a seu grupo político.”

Além das ações eleitorais e da ação penal, o Ministério Público Federal também ingressou com ação de improbidade administrativa, desta feita através de quatro procuradores da República em Rondônia. A ação, acolhida agora pela Justiça Federal, acusava Ivo Cassol de ter utilizado ilegalmente a estrutura da segurança pública para tentar alterar as provas a respeito da compra de votos, atrapalhando o trabalho do Ministério Público Federal e da própria Justiça.

Para se ter uma ideia da gravidade dos fatos, tiros foram disparados contra a residência da mãe de uma testemunha; sem falar que um dos agentes da Polícia Civil ameaçou outra testemunha, dizendo: “Vocês são apenas cinco formiguinhas, o homem vai passar por cima de vocês como se fosse um trator e não vai acontecer nada com ele; que ele falou que o homem era o governador Cassol”. O policial civil somente errou quanto à previsão de que nada aconteceria ao governador, já que todos foram condenados pela Justiça Federal por conta dos abusos que cometeram.

*Com informações da Assessoria de Comunicação da Procuradoria da República em Rondônia

 

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