O vereador e o profissional - Parte 2

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Representar uma sigla, um movimento social, bairros, classes trabalhadoras e a identidade do cidadão passo-fundense, essa é a grande missão que os vereadores assumiram no momento que disponibilizaram o seu nome para o legislativo municipal. A grande tarefa deles é equilibrar suas bandeiras sociais com suas demandas particulares, afinal muitos deles não abriram mão de exercer suas profissões. Quais os aspectos positivos que isso pode trazer para a nossa comunidade?

Sem abrir mão da profissão

O advogado e vereador Márcio Patussi, PDT, abriu mão das atividades de docência, mas mantém as atividades profissionais juntamente com a do legislativo. Ele mantém um escritório de advocacia. Para dar seguimento as duas atividades ele frisa a importância da organização das atribuições para que tudo fique em equilíbrio. Patussi conta com uma equipe que o assessora no escritório e outra no gabinete. O vereador considera importante conciliar as duas atividades, já que a política é um movimento passageiro.

O petista Rui Lorenzato, é agricultor e mantém uma propriedade rural. Dedica boa parte do seu tempo com as atribuições da Câmara e conta com a ajuda familiar na propriedade. Considera a atividade rural importante para os seus trabalhos legislativos já que o coloca em contato com cooperativas, associações e principalmente por proporcionar flexibilidade nos horários. Mas ao mesmo tempo exige em determinados períodos uma atenção especial, principalmente nos períodos de plantio e colheita, que acabam sendo durante os finais de semana ou feriados.

Para o evangelista e comerciante Sidnei Ávila, PDT, o segredo para atender todas as demandas sejam as da casa, como as atividades particulares, é ter amor e gostar daquilo que faz, além de ver os resultados positivos que surgem através do seu trabalho. Conforme ele, a atividade de evangelista contribui muito com as atividades parlamentares, já que está ligado diretamente ao povo e permite um diálogo e um desempenho objetivo nas atividades políticas.

O médico e vereador Alberi Grando, PDT, ressalta que o desafio de conciliar a atividade médica e a legislatura é grande, principalmente devido a atenção constante necessária aos seus pacientes. Na câmara a situação não muda, a demanda de trabalhos estende-se além dos dois dias de sessões, com a apresentação de ideias, propostas e projetos, que exigem atenção especial. No caso dele, preside uma das comissões que se soma as atribuições. Mas, ressalta que é possível levar tudo em equilíbrio.“Vereador não é profissão essa é apenas uma condição passageira”, comenta. Sua profissão permite um contato e um conhecimento direto das necessidades de uma área carente em políticas públicas, a saúde. Além disso, a atividade médica também permite um diálogo direto com a população e o permite um feedback dos cidadãos.

Aristeu Dalla Lana, PTB, é chapeador, possui uma oficina, juntamente com seu filho, na qual gerencia os trabalhos. Para ele a prioridade é a Câmara de Vereadores e as demandas da sociedade, mas não se desliga da sua atividade profissional, que segundo ele sempre foi trabalhada numa perspectiva em contribuir com a sociedade.

O democrata Patric Cavalcanti, além de vereador é empresário e radialista. Mas atribui maior contribuição para as atividades na Câmara, o contato com a comunidade que encontra nos microfones da rádio. Segundo ele é através dos microfones da rádio que consegue ter dimensão dos anseios da sociedade. “Muitas demandas que trago para o plenário vem do trabalho exercido na rádio”, comenta.

Pedro Daneli, PPS, realiza um trabalho voluntário no sindicato dos eletricitários juntamente com as atividades da legislatura. Daneli considera essencial desenvolver outro trabalho fora no espaço físico da Câmara, pois isso permite interação com as pessoas e perceber como funciona a dinâmica e as necessidades das diversas comunidades.

O progressista Paulo Pontual é empresário, mas conta com a esposa e os filhos a frente dos negócios da família. Dessa forma dedica cerca de 80% às atividades da Câmara, internamente ou externamente, diretamente com a comunidade. Também, frisa que representa uma classe dentro do legislativo, e conhecer a dinâmica dela, é fundamental para compreender seus anseios e leva-los ao plenário.

25 anos de farda e 13 conciliando com a política

Márcio Tassi, PTB, tem 25 anos de trabalho vestindo farda, sempre atuou na segurança pública. Policial rodoviário federal, ele concilia essa atividade com a legislatura há 13 anos. Considera que vereador não tem hora e não tem dia e deve estar atuando sempre, independente do local. “Tenho uma escala de revezamento na policia rodoviária federal, lá faço 24h e folgo 72h. Trabalhamos com banco de horas, então mesmo precisando da minha presença aqui na Câmara vou comparecer sem ter problemas, pois tenho flexibilidade para cumprir minhas atribuições na casa sem ter problemas no trabalho.” No Rio Grande do Sul, são cerca de 12 policiais rodoviários federais inclusos na política. “A policia rodoviária federal sempre esteve inclusa na política, e todo segmento profissional deveria fazer o mesmo. É muito fácil conciliar as duas atividades e consigo desempenhar tranquilamente as duas funções”, ressaltou.

 

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