O nome do novo partido (Mobilização Democrática), resultado da fusão entre PPS e PMN, oficializada nesta quarta-feira, não agradou o prefeito de Passo Fundo Luciano Azevedo. “o nome é péssimo e não expressa o sentimento da militância do PPS”, disse. Filiado ao PPS há 12 anos, e presidente licenciado do diretório estadual, Luciano disse que o novo partido precisa dizer a que veio para não perder a identidade que o PPS construiu ao longo de 21 anos. “A tendência é de que eu fique no novo partido, mas quero saber mais sobre ele”, assegurou.
Luciano lembra que o Rio Grande do Sul é um estado conservador e para consolidar uma posição partidária leva tempo. “Com o PPS foi assim. Agora é que estamos nos firmando como partido, com evidente crescimento na representatividade”, disse. O Partido, criado em 1992 passou, na última eleição, de 40 para 90 vereadores eleitos e a comandar cinco prefeituras no Estado. Na próxima sexta-feira, o diretório estadual do PPS se reúne para analisar a mudança e tomar uma posição.
O nome do novo partido, Mobilização Democrática é o mesmo escolhido em 2006 quando as duas legendas, mais o PHS, ensaiaram uma união, que na ocasião não teve êxito. O deputado federal Roberto Freire será o presidente do MD e o deputado federal Rubens Bueno (ex-PMN) acula o posto de secretário-geral e líder do MD na Câmara dos Deputados. A vice-presidência e a tesouraria devem ficar com um integrante indicado pelo PMN. Os mandatos terão a duração de dois anos, podendo haver uma única reeleição.
Segundo a cúpula do MD, o novo partido terá 13 deputados federais, 58 estaduais, 147 prefeitos e 2.527 vereadores. Em todo o Brasil serão 683.420 filiados. A direção nacional ficará divida com 40% dos cargos para o PPS e o mesmo percentual para o PMN. O restante (20%) ficará aberto para a adesão de integrantes de outras legendas.
A negociação para unir PPS e PMN foi foram agilizada, tendo em vista o projeto em votação na Câmara que restringe o acesso ao fundo partidário e ao tempo de televisão às legendas que não tenham disputado eleições. Agora abre-se o prazo de 30 dias para que os políticos mudem para o partido sem o risco de perder o mandato. Esse período é conhecido como "janela".
Apoio
O novo partido pode engrossar o apoio à pré-candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, PSB, à Presidência da República. Também há negociações para a filiação do ex-governador José Serra, que poderia deixar o PSDB.
Nome do novo partido não agrada Luciano
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