O ministro dos Esportes Aldo Rebelo confirmou, na sexta-feira, em Passo Fundo que o município deve receber recursos federais para a construção de um Centro de Iniciação ao Esporte, no valor de R$ 3,2 milhões. “Passo Fundo já está credenciada para receber um dos 300 Centros de Iniciação ao Esporte. Certamente, é um município que poderá ser beneficiado com as atividades e obter bons resultados”, observou o ministro.
A verba parte do Programa de Aceleração e Crescimento (PAC), vinculado ao Ministério do Esporte. O projeto foi apresentado pela Prefeitura no dia 4 de abril e protocolado dentro das legalidades de tramitação. A iniciativa contou com a ação articulada dos gabinetes do prefeito Luciano Azevedo e do vice Juliano Roso com o coordenador de Projetos Especiais e Captação de Recursos, Édison Nunes, o secretário de Educação, Edemilson Brandão, e o secretário de Desporto e Cultura, José Ernani de Almeida. “É uma obra que irá mudar o perfil do esporte em Passo Fundo. Nós vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para ser um dos 300 centros que serão construídos pelo Governo Federal”, ressaltou o vice-prefeito, Juliano Roso.
Luciano também destacou o projeto como ponto principal para uma nova fase do esporte na cidade. “Nos já encaminhamos o projeto ao Governo Federal e estamos aguardando uma resposta oficial, mas trabalhamos de forma otimista em relação a esse tema do Centro de Iniciação ao Esporte. E também acreditamos na possibilidade de receber esse investimento, que será muito importante para Passo Fundo”, frisou o prefeito.
Localização
Caso o projeto seja contemplado, a área que comportará a obra será de 4 mil metros quadrados, em um terreno localizado na Vila Donária. “A escolha do bairro foi feita em comum acordo com as Secretarias, obedecendo a exigência de o Centro ser localizado em uma comunidade de importância social e que beneficiasse crianças e adolescentes em situação de risco”, explicou o coordenador Édison Nunes.
Estrutura e Modalidades
Além do ginásio poliesportivo, o Centro contará com um complexo de atletismo para a prática de salto em altura, salto em distância e salto triplo, arremesso de piso e uma raia de atletismo de 100 metros– bem como vestiário e áreas de acomodação.
As modalidades olímpicas que poderão ser realizadas serão Atletismo, Basquete, Boxe, Handebol, Judô, Lutas, Taekwondo, Vôlei, Esgrima, Ginástica Rítmica, Badminton, Levantamento de Peso, Tênis de Mesa. Nas modalidade paraolímpicas as práticas serão de Esgrima de Cadeira de Rodas, Judô, Halterofilismo, Tênis de Mesa, Voleibol Sentado, Goalball. E por fim, terá o Futebol de Salão na modalidade não-olímpica.
Obras da Copa e Olimpíadas
O ministro participou da abertura dos Jogos Escolares do Rio Grande do Sul (Jergs) no Colégio Fagundes dos Reis. Na ocasião, Rebelo se dirigiu aos estudantes ressaltando a importância do incentivo ao esporte, que é concretizado com eventos como o que começou na manhã de ontem. Às vésperas da realização da Copa, o ministro da pasta responsável pela realização do evento no Brasil se disse otimista e satisfeito com o que foi feito até o momento. Ele lembrou ainda que o ministério está atento para as obras que estão sendo realizadas e vem acompanhando o andamento e buscando informações com governadores e prefeitos. Sobre os dois grandes eventos que o país vai sediar nos próximos anos, o ministro ressaltou a importância para o desenvolvimento e melhoria da infraestrutura brasileira no que diz respeito ao incentivo aos esportes. Ele ressaltou ainda que estes eventos são capazes de proporcionar 3,3 milhões de empregos no Brasil.
As obras nos estádios, aeroportos e na melhoria de diversos setores que garantirão infraestrutura para os eventos estão dentro dos prazos previstos, segundo o ministro. De acordo com ele, o Ministério dos Esportes está acompanhando de perto o andamento das obras e até o momento elas estão dentro do esperado. Segundo o ministro, estas melhorias que estão sendo feitas para a Copa e Olimpíadas, tais como as reformas de estádios e construção de estruturas para as provas olímpicas serão o legado que vai ficar depois que os eventos se encerrarem.
Investimentos
Conforme Rebelo, os investimentos para a Copa são essencialmente privados. A participação pública é no sentido de proporcionar empréstimos para as empresas realizarem as obras, através do BNDES e com as normas exigidas para qualquer empresa. Em obras, efetivamente, o que o governo está fazendo é dentro das obras previstas pelo PAC. “Independentemente de Copa do Mundo, as obras seriam executadas, o investimento seria feito”, afirma. Ao final dos eventos, estas obras ficarão como o que o ministro considera de “legado”, que deverá possibilitar um incentivo e profissionalização do esporte no país. Outro destaque feito pelo ministro é com relação aos investimentos que serão feitos em universidades públicas, com vistas à possibilidade de se constituírem em centros de treinamento para as delegações que se dirigirem ao Brasil para participar dos jogos olímpicos. “Durante a Copa, teremos a vinda das seleções dos países. Já para as Olimpíadas receberemos os atletas das seleções de futebol, da handbol, de basquete, do atletismo”, comenta o ministro.