As manifestações nas visões do prefeito e do vice

ON propôs ao prefeito Luciano Azevedo e ao vice, Juliano Roso, quatro questões sobre as manifestações que vem sendo registradas em Passo Fundo e também sobre as questões que envolvem as reivindicações.

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Confira as opiniões dos representantes do governo municipal.

Luciano Azevedo – prefeito

O Nacional - Qual a sua opinião sobre as recentes manifestações em Passo Fundo?

Luciano Azevedo – As manifestações são legítimas, em Passo Fundo e em outras cidades brasileiras. São pautas variadas que têm o objetivo de chamar atenção dos governantes para problemas reais existentes no Brasil. Vivemos num país livre, onde as pessoas têm o direito de dizer o que pensam. E isso é saudável.

O Nacional - Considera este tipo de evento legítimo?

Luciano Azevedo - Sim. A Constituição Federal assegura a todos o direito de livre manifestação e reunião em locais públicos, desde que o encontro seja pacífico, como têm sido todos aqui em Passo Fundo.

O Nacional - Quais os rumos acredita que o movimento vai tomar?

Luciano Azevedo - Como são muitas reivindicações, é possível que se consiga construir uma pauta mínima a ser atendida em um curto período. As manifestações mostram também que a população está atenta e preocupada com o que acontece no Brasil e se manifesta dizendo o que pensa.

O Nacional - Existe possibilidade de redução da tarifa do transporte público em Passo Fundo? Por quê?

Luciano Azevedo - A tarifa foi constituída utilizando o mesmo modelo adotado há muitos anos em Passo Fundo. Ela é baseada em critérios técnicos, que geram o custo da passagem. Esses números são públicos e estão à disposição. Os números podem ser revistos a qualquer momento, desde que haja comprovação técnica da necessidade de alteração.

Juliano Roso – vice-prefeito

O Nacional - Qual a sua opinião sobre as recentes manifestações em Passo Fundo?

Juliano Roso - As manifestações fazem parte do processo democrático. O Brasil viveu muitos regimes ditatoriais, por isso temos de respeitar as manifestações e delas tirar lições. Uma geração inteira lutou contra o regime militar para que, na história recente, pudessem decorrer protestos e lutas sociais.

O Nacional - Considera este tipo de evento legítimo?

Juliano Roso - Considero legítimo. O importante é que as manifestações não percam o foco e acabem descambando para o vandalismo, como ocorreu em algumas cidades. Não creio que este seja o caso de Passo Fundo, aqui tivemos manifestações pacíficas e de exemplo.

O Nacional - Quais os rumos acredita que o movimento vai tomar?

Juliano Roso - É difícil dizer o rumo. A isso cabe definir o próprio movimento. O movimento é quem tem autonomia para definir seus rumos.

O Nacional - Existe possibilidade de redução da tarifa do transporte público em Passo Fundo? Por quê?

Juliano Roso - Acredito ser possível um pacto nacional, como já sinalizou a presidenta Dilma, no sentido de buscar alternativas envolvendo as três esferas de governo. O transporte coletivo tem um custo muito elevado para os usuários, para o governo e para os empresários, que pagam parte do vale-transporte. É necessário criar um novo marco regulatório para esta questão da tarifa.

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