Os partidos que integram a bancada de oposição na Câmara de Vereadores se reúnem na quarta-feira para escolher o novo líder. O vereador Gleison Consalter renunciou da função e ontem usou a tribuna para expor suas razões. De acordo com ele, não houve pressão partidária, foi uma decisão pessoal em conjunto com os colegas de bancada. Destacou que buscou atuar de maneira coerente e usar os espaços de líder quando considerava pertinente e necessário. “Sempre falei que não iria fazer críticas apenas pela crítica, quando assumi destaquei que esse seria meu perfil”, comentou.
Márcio Patussi, PDT, assumiu o cargo provisoriamente. Inicialmente estava sendo cogitada a inversão de partidos na liderança. Conforme Isamar de Oliveira, PT, a sugestão diante da renúncia seria que o PDT assumisse a liderança e o PT passasse a ocupar o espaço da vice-liderança. Isso seria uma espécie de rodízio entre partidos. No próximo ano a liderança seria alterada novamente. Nessa perspectiva, dois nomes estavam sendo cogitados para assumir as posições: os vereadores Patussi e Rui Lorenzato, PT. Contudo, Patussi já atua como vice-presidente da câmara e considera não ser adequado assumir o papel nesse momento. Questionado quanto a outros nomes dentro do partido, Patussi explica que Grando já atua como líder do PDT, Sidnei Ávila é vice-líder, e até poderia ser um nome. Grando afirmou que a discussão deve envolver todos os vereadores que compõem o bloco e não apenas dentro da bancada pedetista. Lorenzato destacou que diante da rotatividade proposta, a liderança definida nesse momento atuaria apenas até o final desse ano, para o próximo ano uma nova escolha poderia ser feita ou definida uma nova sistemática. Ele observa a rotatividade como um processo natural e essencial para a contribuição e abertura do debate.
Perfil
Na perspectiva do PDT, o líder do bloco deve possuir conhecimento dos assuntos relacionados ao Legislativo e um bom trânsito. “Não queremos um líder com um perfil de críticas incisivas e sem coerência. No nosso ponto de vista, o líder deve ser coerente e conduzir a liderança dessa forma e com olhar fiscalizador”, explicou Grando. Já Lorenzato destacou que o líder deve ser “firme” e atuar com críticas construtivas diante das ações negativas que ocorrem no município. Segundo ele, isso seria fundamental no papel fiscalizador dos parlamentares da oposição.