“Mudamos o jogo”. A afirmação eloquente do presidente estadual do PSB, deputado federal Beto Albuquerque, revela o entusiasmo com que os socialistas receberam a notícia de filiação da ex-senadora Marina Silva ao PSB e a manifestação de apoio à candidatura do governador de Pernambuco Eduardo Campos à Presidência da República, em 2014. “Alguns dizem que Eduardo e Marina formam a terceira via na disputa presidencial. Ouso a dizer que somos a primeira via, prestes a quebrar uma polarização entre PSDB e PT que dura 20 anos”, completou Beto. A decisão de ser vice na chapa de Eduardo Campos será tomada depois que Marina consultar as bases de apoio.
A aliança política entre o PSB e a Rede de Marina Silva começou a ser selada ao meio dia de sexta-feira, 04, quando Beto recebeu uma ligação do deputado federal Walter Feldman para lhe consultar se a candidatura de Eduardo Campos era definitiva e se haveria a possibilidade de promover um encontro entre Campos e Marina. Beto respondeu ao colega parlamentar que sim, que este era o sonho de consumo do PSB. Feitos os contatos, o governador de Pernambuco desembarcou no final da tarde em Brasília e logo em seguida se encontra com a ex-senadora. “Foi uma longa conversa que só terminou por volta de 22h30”, revela Beto. A decisão de Marina fora tomada na noite de sexta-feira, mas a informação só foi divulgada no sábado à tarde. Antes de fazer o comunicado, Marina se encontrou com o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, partido que havia formalizado convite a ex-senadora.
O PSB não havia tratado da filiação de Marina Silva em nenhum momento anterior ao de sexta-feira. O partido sempre se colocou como aliado na construção da Rede auxiliando na coleta de assinaturas. Foram os socialistas que ingressaram com ação do Supremo Tribunal Federal para derrubar o projeto do governo que impedia a criação de outras siglas. “Sempre tivemos uma relação histórica com o grupo da Rede e nossa aliança é política não de troca de favores”, acentuou. Na opinião de Beto é esta aliança que muda o jogo para 2014 porque coloca “os arrogantes para pensar e trabalhar”. “Tentaram matar a candidatura de Eduardo Campos e jogaram forte para destruir a candidatura de Marina Silva, impedindo que o partido dela fosse criado. E não pensaram, em nenhum momento, que essa pressão toda pudesse nos unir”, desabafa.
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