“A falta de planejamento e de investimento público, durante várias décadas, produziu o caos atual no setor de infraestrutura de transportes, resultando no desperdício e no encarecimento do custo logístico, que no RS é significativamente acima da média nacional”. A afirmação é do deputado federal Beto Albuquerque, durante reunião da bancada federal gaúcha, realizada nesta segunda-feira (21), para tratar da situação atual e iniciativas a serem realizadas nos setores de infraestrutura de transportes e energia no Rio Grande do Sul. Conforme o parlamentar, que foi secretário dos Transportes (1999/2002) e de Infraestrutura e Logística do RS (2011/nov-2012), atualmente, 85,3% do escoamento de nossa produção é transportado pelas rodovias, o que também acarreta em um alto custo de manutenção das estradas.
Para mudar este cenário, quando assumiu a Seinfra e tendo em vista os financiamentos a serem contratados pelo governo, Beto deu início à elaboração do Plano Estadual de Logística de Transporte (PELT), também levando em consideração o trabalho já desenvolvido pelas Federações de Indústrias dos Estados do Sul, o Sul Competitivo, que aborda eixos e obras-chave para o aumento de competitividade dos estados do Sul. No encontro, realizado no Memorial da Assembleia Legislativa, Beto explicou que o objetivo do PELT é diagnosticar as deficiências e gargalos do sistema logístico, planejar cenários futuros e definir estratégias de intervenção pública e privadas. “A ideia é implementar políticas públicas para o transporte de cargas, com a definição de vias mais econômicas e racionais, baseadas na intermodalidade, e que, paralelo a isso, assegure o desenvolvimento econômico e social das regiões”.
Desta forma, é possível conhecer as carências e necessidades dos modais hidroviário, ferroviário, dutoviário, rodoviário e aeroviário e apontar soluções da matriz de transporte mais adequada para os próximos anos. O projeto, contratado via consultoria e subsidiado pelo Banco Mundial, está em processo de contratação.
Segundo o deputado, o plano pretende nortear as ações no setor a curto (5 anos), médio (10 anos) e longo prazos (nos próximos 25 anos). Para isso, disponibilizará ferramentas adequadas para a implementação de um sistema dinâmico e interativo, junto aos operadores do sistema de transportes de cargas, bem como a capacitação do quadro de pessoal no seu gerenciamento. “Nossos esforços para a elaboração do PELT nos deixam convictos de que este plano contribuirá muito para a criação de um marco regulatório de transportes, até então inexistente, planejado nos cenários a curto, médio e longo prazos, e adequado à realidade e a necessidade do desenvolvimento do nosso RS”.
Beto defende conclusão do Plano Estadual de Logística e Transporte
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