A Comissão Parlamentar de Inquérito da Câmara de Vereadores de Passo Fundo, que investiga a prestação de serviços e as falhas da telefonia e internet na cidade, realizou a sua primeira reunião na manhã desta quarta-feira, 06/11. Estiveram presentes o presidente da Comissão, Patric Cavalcanti (DEM), vice Eduardo Peliciolli (PSB), relator, Rui Lorenzato (PT) e os membros Alex Necker (PCdoB) e Claudio Soldá, o Rufa (PMDB).
Além da definição do calendário de encontros dos membros da CPI, que acontecerão quinzenalmente, durante a reunião foi tratado sobre a realização de uma audiência pública, já marcada para acontecer no dia 17 de dezembro, promovida pelo Ministério Público Federal. Diversas entidades estão sendo convidadas para participar do debate, que irá contar com representantes dos órgãos de defesa do consumidor, das operadoras de telefonia e internet, Anatel, executivo, judiciário e a comunidade em geral. Conforme Patric, a movimentação realizada até o momento chama a atenção das empresas. “Em alguns casos as operadoras já se manifestaram, informando que farão investimentos no Rio Grande do Sul. É uma demonstração de que as nossas ações têm resultados efetivos”, disse Patric.
O mapeamento das antenas das empresas também foi tema da reunião. Conforme o consultor de TI, Jesael Duarte da Silva, nos primeiros mapeamentos foram detectadas dificuldades em relação ao sinal, especialmente na área rural e em alguns bairros da cidade, como São José e Manoel Corralo. “Através deste mapeamento também é possível conferir se as informações oferecidas pelas operadoras a respeito do alcance de sinal de quantidade de antenas, apresentadas em seus sites, são reais”, comentou.
O mapa da cobertura em Passo Fundo deverá ser finalizado até o início do mês de dezembro. Os membros da Comissão trabalham, ainda, na elaboração de um Projeto de Lei, que poderá ser aprovado ainda neste ano, que irá obrigar as operadoras a possuírem um alvará para a instalação das antenas na cidade, já a partir de 2014. “É importante salientar que as pessoas acham normal a falta de sinal em seus celulares. Mas pagamos caro por um serviço que deve ter o mínimo de qualidade e atender às necessidades de seus usuários. Nós estamos fazendo a nossa parte, para que a comunidade tenha, de fato, acesso aos seus direitos”, declarou o presidente da CPI.