Plano de ação deve ser apresentado até 1º de março

Empresas deverão apresentar um plano de melhorias para Passo Fundo seguindo as determinações estabelecidas pelo Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o MP

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As empresas de telefonia e internet móvel terão até 1º de março para apresentar um plano de ação com melhorias em relação a qualidade de sinal e atendimento. A determinação foi um dos apontamentos na audiência pública realizada pela CPI da Telefonia móvel e internet, que aconteceu na tarde de ontem na Câmara de Vereadores. O plano de ação deverá seguir os pontos elencados no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) estabelecido pelo Ministério Público Estadual e assinado pelas empresas de telefonia no âmbito estadual. As empresas também deverão apresentar o plano de investimentos futuros para o município e se comprometer em resolver as reclamações pendentes e reduzir os índices existentes. Além disso, apresentar soluções para a melhoria em relação a disponibilidade de sinal do interior e de áreas urbanas de Passo Fundo. Bem como apresentar com exatidão o número de clientes de Passo Fundo. Os representantes pediram a oficialização dos encaminhamentos para que os mesmos sejam apresentados. 

Dentre as reclamações da população, elencadas pelo presidente da CPI, vereador Patric Cavalcanti (DEM), a principal é em relação a precariedade de sinal no interior do município e em diversos pontos da área urbana. Nesse sentido, o relator da CPI, vereador Rui Lorenzato (PT) relatou a situação vivenciada pela população do interior, na qual a precariedade do sinal interfere no espaço educacional e econômico, já que agricultores e empreendimentos não conseguem emitir a nota fiscal eletrônica, por exemplo, ou possuem dificuldade na comunicação com fornecedores, nos casos das empresas integradoras.
O cancelamento de serviços contratados, é outra demanda que só aumenta de acordo com o coordenador do Procon Municipal, Rogério Silva. Segundo ele, o índice de reclamações subiu para 25% nesse ano. Outro problema enfrentado são as cobranças indevidas. Observando a qualidade de sinal, ele argumenta que a venda de uma linha ou pacote de dados em áreas que o sinal não exista é um ato ilegal. “Na medida em que o cliente informa o endereço e constata-se que a operadora não possui cobertura nessa região a venda não pode ser realizada, já que o cliente não poderá utilizar o serviço contratado”. O técnico em telecomunicações Jesael Duarte apresentou um mapeamento realizado em Passo Fundo que retratou a cobertura de cada operadora. Nos gráficos demonstrados, o interior e as perimetrais são as áreas com a qualidade de sinal mais precária.

Operadoras
Durante a manifestação de cada uma das operadoras elas apresentaram um comparativo com a evolução que os serviços oferecidos sofreram nos últimos anos e a evolução crescente que o ramo apresenta. Apontaram ainda os serviços que oferecem, seja em telefonia móvel, fixa e internet e o diferencial e potencialidades. Quando questionados em relação ao número de clientes abrangidos no munícipio, as empresas Oi, Tim, Vivo e Claro não possuíam números precisos, apenas os números gerais da área 54. Segundo o representante da Vivo, Daniel Encarnação, há clientes de outras cidades que efetuam a compra de linhas aqui em Passo Fundo, por isso, não havia como apresentar com precisão o número de clientes locais. Contudo, o membro da CPI, vereador Eduardo Peliciolli (PSB) questionou a explicação. “Como não é possível precisão nos números se cada cliente que realiza um cadastro informa, além de dados pessoais, o endereço onde reside?”. Ainda, todas as empresas argumentaram que possuem serviços de atendimento ao consumidor presencial, mas foram questionadas por Silva. “Está acontecendo um descompasso entre a realidade vivida pela população e a apresentada por vocês. Ou os clientes estão mal informados ou o atendimento não está sendo eficiente”. Silva perguntou aos representantes, se o serviço prestado pelas operadoras possibilita ao cliente que deseja cancelar um serviço, sair de uma das lojas com o cancelamento finalizado. Não houve respostas. Também questionou os motivos, que elas atribuem ao aumento da demanda de reclamações que do mesmo modo nenhuma se manifestou.

Não comparecimento
A CPI possui o poder de convocar as organizações para prestarem esclarecimentos, no caso de não comparecem, a legislação atribui penalidades. A Anatel, uma das convocadas a comparecer na audiência não esteve presente e emitiu uma justificativa, agradecendo o ‘convite’ e esclarecendo que a agenda não permitiu a participação. Patric ressaltou que não foram emitidos convites e sim convocações e a CPI deverá fazer prevalecer aquilo que a legislação pondera.

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