A CPI que iria investigar denúncias relacionadas a problemas com a Merenda Escolar não será instalada e como havia dito na quarta-feira, o vereador Sidnei Ávila não será mais líder da oposição. Os vereadores da oposição não conseguiram a assinatura que faltava para dar continuidade ao processo de instalação. A reunião de ontem com os oito vereadores que compõem a bancada, não teve resultado positivo. Apenas os vereadores Márcio Patussi e Alberi Grando, ambos do PDT, não assinaram o requerimento. Os dois vereadores teriam alegado ao grupo que seriam necessárias mais informações para instalar uma CPI e que o próprio Ministério Público já estaria investigando a situação e não seria necessária, no momento, uma averiguação do Legislativo.
Com a inviabilização da comissão, Ávila afirmou não haver mais condições de permanecer a frente da bancada e, por isso, deverá entregar a liderança na segunda-feira (31). “Se o Ministério Público achou argumentos consistentes pra abrir um inquérito, nós como legisladores possuímos muito mais argumentos para abrir uma CPI. Essa é uma das nossas atribuições”. Ele destacou que o intuito da Comissão não procurava promover ataques ao Executivo, mas averiguar possíveis irregularidades que pudessem estar acontecendo em todo o contexto relacionado à Merenda Escolar.
O líder da bancada do PT, Isamar Oliveira disse que o partido compreende a posição dos dois vereadores e também a postura de Ávila, mas consideram importante a permanência dele a frente da oposição. “Ele estava conduzindo de uma forma coerente e proporcionou uma atuação incisiva à bancada, mas devemos respeitar a decisão dele”. O vice-líder, Rui Lorenzato (PT), disse que considera fundamental o grupo se reunir e dialogar com Ávila. “Antes de qualquer decisão precisamos reunir todo o grupo e avaliar se esse é o melhor caminho. Estávamos atuando de uma maneira adequada e não deveríamos alterar a liderança logo agora”. Com a saída de Ávila, Lorenzato deve assumir a liderança do grupo até que a bancada aponte um novo nome.