Plano de crescimento abre perspectivas para economia gaúcha

Investimentos em irrigação e em inovação tecnológica são as principais apostas para impulsionar o crescimento da economia nos próximos oito anos

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Secretário esteve em visita na região para afinar o diálogo com as delegaciasSecretário esteve em visita na região para afinar o diálogo com as delegacias
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Com uma dívida de R$42 bilhões com a União, o governo do Estado projeta um plano de crescimento para os próximos oito anos, que poderá abrir espaço fiscal para o retorno de investimentos com recursos próprios. A intenção, segundo o Secretário da Fazenda Odir Tonollier, que esteve na cidade na tarde de ontem, é impulsionar um crescimento nesse período de 4% superior ao PIB, através de políticas voltadas à irrigação e a inovação tecnológica. Com essa perspectiva, o governo do Estado projeta que a reversão do processo de baixo crescimento dos últimos 15 anos e passe para um crescimento, fixado como meta, acima do PIB. "Nós acreditamos que esse crescimento acompanhado do incremento da receita através do ICMS, e da despesa nos atuais níveis, corrigidos com a inflação, no final dos quatro anos poderemos falar em um Estado com dívidas saneadas". Além disso, o plano aponta que no final desse período o Estado também poderá passar a investir com recursos próprios na faixa de 8% da sua receita, que corresponderia a R$ 2 bilhões. Hoje os investimentos com recursos próprios não passam de R$400 mil. "Passamos 15 anos falando sobre a renegociação das dívidas com a União, as dívidas com a previdência e, agora, podemos dizer que o Rio Grande do Sul abre novas perspectivas para o crescimento".

De acordo com ele, a sequência de estiagens dos últimos anos foram os principais agentes responsáveis pelo crescimento abaixo do nacional. Com isso, programas de irrigação são um dos instrumentos que pretendem atenuar os impactos gerados pela escassez de chuvas durante possíveis estiagens. Segundo ele, esse programa não partiu do zero e já passa está em desenvolvimento através da construção de barragens, abertura de açudes e através de subsídios para a compra de equipamentos de irrigação. "É um trabalho continuado, mas é a esperança para o Rio Grande do Sul não ter novas quedas no PIB".

A inovação tecnológica é outra aposta para alavancar o crescimento do Estado, seguida do desenvolvimento industrial. O Estado conta com R$45 bilhões de investimentos privados no setor. "Alguns já estão em andamento como a Celulose Riograndense de Guaíba, a indústria de caminhões da Foton, a empresa de elevadores da Hyundai e o Polo Naval que são parte desse montante". Outro fator que será fundamental para sanear as dívidas do Estado com a União é a redução do indexador que em breve deverá ser votado no Congresso.

 

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