Eduardo Campos diz que vai tirar país do atoleiro

Candidaturas de Campos e Marina Silva foram oficializadas neste sábado

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Congresso do PSB também confirmou a aliançaCongresso do PSB também confirmou a aliança
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Ao formalizar sua candidatura ao Palácio do Planalto, Eduardo Campos (PSB-PE) fez promessas ambiciosas para tirar a economia brasileira do "atoleiro" que, segundo ele, foi criado pela presidente Dilma Rousseff e se posicionou, de forma inequívoca, contra o também oposicionista Aécio Neves (PSDB-MG). No evento deste sábado (28), ao lado de sua companheira de chapa, Marina Silva, o ex-governador de Pernambuco se comprometeu a realizar uma reforma tributária no primeiro ano de um eventual governo --com implantação gradual em um longo período. Campos também prometeu ainda inverter a "equação perversa" de inflação alta com crescimento baixo, reduzir os índices de violência ano a ano e garantir que, em quatro anos, "todas as crianças e jovens terão vaga em uma escola pública de qualidade e período integral".
Ao demarcar metas objetivas, o candidato do PSB tenta se diferenciar dos oponentes, que forma mais generalistas ao tratarem do programa de governo nas respectivas convenções. Campos afirmou ainda que manterá programas sociais do atual governo como o Bolsa Família, o ProUni e o Minha Casa, Minha Vida. Apesar de ter governado Pernambuco com uma ampla coalizão de partidos, voltou a defender o fim da "velha política" e criticou os acordos baseados na troca de cargos por apoio eleitoral. "Precisamos romper com a velha política, esse espetáculo deprimente em Brasília, marcado nos últimos dias pela dança de ministérios", afirmou Campos. A declaração se refere à decisão de Dilma em contemplar o PR em mudança ministerial para não perder tempo de TV.
Em seguida, Campos atacou Aécio implicitamente. "Conosco, vai acabar essa história de suga-suga. O partido hoje suga de um lado apenas para sugar amanhã do outro. E tem gente que acha isso bonito. Isso é inaceitável." Na semana passada, o candidato tucano causou polêmica ao mandar um recado aos partidos da base governista: "suguem mais um pouco, depois venham para o nosso lado".
As críticas de Campos a Aécio são recentes. Meses atrás, ambos cumpriam um pacto de não agressão que passava pelo apoio mútuo em um eventual segundo turno. Marina Silva adotou a mesma estratégia em seu discurso, que durou quase quinze minutos a mais do que o de Campos, o que exasperou assessores em razão da proximidade do jogo do Brasil. Contra Aécio, Marina afirmou que "ninguém pode construir nada grandioso apelando para as forças furiosas da natureza". Quando oficializou sua candidatura, há duas semanas, Aécio dissera que um tsunami "varreria" o PT do poder.

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