Em homenagem ao político mais popular do país, o vereador Márcio Patussi (PDT), destacou a trajetória política de Brizola, durante o seu Grande Expediente, na sessão do legislativo de ontem (02). Patussi lembrou a origem humilde de Brizola, nascido em 22 de janeiro de 1922, em Carazinho, na época pertencente a Passo Fundo. Destacou a extensa carreira política de Brizola, lançado por Getúlio Vargas, o qual ingressou na política partidária no antigo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), foi prefeito de Porto Alegre, deputado estadual e governador do Rio Grande do Sul, deputado federal pelo Rio Grande do Sul e pelo extinto estado da Guanabara, e duas vezes governador do Rio de Janeiro. Foi protagonista de uma das maiores façanhas políticas: ter sido governador de dois estados diferentes, eleito pelo povo.
O vereador salientou a luta de Brizola pela educação, destacando que, enquanto governador do Rio Grande do Sul, na tentativa de erradicar o analfabetismo no Estado, foi o responsável por construir mais de cinco mil escolas, as populares “Brizoletas”. Passo Fundo também foi beneficiado, sendo que uma delas resiste ao tempo, na localidade de Nossa Senhora da Paz no Capinzal. “ O prédio, tombado como parte do Patrimônio Histórico do município, estava em ruínas e foi restaurado e entregue em 2011, pela administração Dipp e Cecconello. Hoje a antiga Brizoleta funciona como espaço comunitário”, lembrou Patussi.
A bandeira pela educação acompanhou todos os governos de Brizola, no Rio de Janeiro, enquanto governador, criou os Centros Integrados de Educação Pública (Cieps). As aulas eram em turno integral, das 8 às 17 horas, oferecendo, além do currículo regular, atividades culturais, estudos dirigidos e educação física. Os CIEPs forneciam refeições completas a seus alunos, além de atendimento médico e odontológico. Patussi comenta que nas gestões de Colares em Porto Alegre, como prefeito, e no Estado, como governador, foram construídos noventa e quatro CIEPs. “ Aqui em Passo Fundo, foram inaugurados três: escola Wolmar Salton no Bairro Bom Jesus, escola Daniel Dipp no Bairro Hípica e o Ciep São Luiz Gonzaga. A educação de tempo integral é uma revolução permanente e sem dúvida, libertadora, o que prova o espírito visionário de Brizola”, comenta o vereador.
A última aparição pública do Brizola foi no Encontro Nacional do PDT realizado em São Paulo, sempre demonstrando seu empenho em construir condições para que a proposta política do partido se fortalecesse em todo o país. Em 21 de junho de 2004, Brizola morre aos 82 anos de idade, vítima de problemas cardíacos.
“Ao completar 10 anos de sua morte, compreendemos que um líder político como Brizola continua vivo, através do legado deixado ao povo brasileiro. Confirmando uma das milhares de frases que eternizou no dicionário político do Brasil: cavalo de raça morre na pista”, encerrou Patussi. Uma placa lembrando os 10 anos da morte de Brizola foi entregue ao presidente municipal do PDT, Ary Baldissera. Participaram da homenagem, os vereadores pedetistas Alberi Grando e Sidnei Àvila, demais partidários e simpatizantes do PDT.