Acompanhando a tendência verificada nas pesquisas nacionais mais recentes, a ex-senadora Marina Silva (PSB) aparece em segundo lugar nas intenções de voto no Rio Grande do Sul, atrás apenas da presidente Dilma Rousseff (PT). Em um possível segundo turno, porém, o cenário é outro: Dilma perderia no Estado tanto para Marina quanto para o candidato do PSDB, o senador Aécio Neves.
Segundo o Methodus, no primeiro turno Dilma receberia 31,2% dos votos, contra 25,8% de Marina, 20,4% de Aécio e 2,3% de Luciana Genro (PSOL) – os outros sete candidatos não alcançaram 1%.
No cruzamento por região, Dilma lidera tanto em Porto Alegre quantos nos municípios do interior, embora a vantagem sobre Marina seja maior na Capital. Marina, aliás, praticamente empata com Aécio em Porto Alegre, ao passo que no restante do Estado a socialista aparece bem à frente do tucano.
Os dados também mostram que Dilma é mais forte entre os eleitores homens, com idades entre 35 e 54 anos e renda de até cinco salários mínimos. Já Aécio é o preferido entre os eleitores com ensino superior e renda acima de 20 salários mínimos. Marina, por sua vez, vence entre as mulheres e entre os eleitores mais jovens, de até 25 anos. Outro ponto em favor de Marina é que ela tem o menor índice de rejeição entre os três principais presidenciáveis.
Já no levantamento espontâneo, em que os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados, Dilma foi citada em 21,7% das vezes, Aécio em 12,5% das vezes e Marina em 7,1% das vezes. A diferença pode ser reflexo do fato de o ingresso de Marina na campanha ser recente – tanto que 3% dos entrevistados citaram Eduardo Campos (PSB), sucessor de Marina, que faleceu há pouco mais de duas semanas em um desastre aéreo. Nesse caso, quase a metade dos eleitores não soube dizer em quem vai votar para presidente da República.
Na hipótese de haver segundo turno entre Dilma e Marina, a ex-senadora venceria a presidente por 47,9% a 37,0%. Já se o confronto fosse entre Dilma e Aécio, o tucano venceria com uma vantagem menor: 43,6% a 41,6%. Na prática, isso significa que a maior parte dos votos que a oposição receber no primeiro turno não migrariam para Dilma na segunda fase.
Senado
O Instituto Methodus também verificou a intenção de voto dos gaúchos para o Senado. A pesquisa, entretanto, foi feita antes da entrada de Pedro Simon (PMDB) na disputa, que foi confirmada apenas no último domingo, dia 31. Os números, portanto, não representam mais a realidade da corrida eleitoral, por isso não serão divulgados.