A candidata à Presidência da República Marina Silva (PSB) apresentou nesta sexta-feira (29) seu programa de governo. Caso eleita, a candidata se compromete a diminuir o número de cargos de confiança na administração pública, fazer as reformas tributária, política e do mercado de crédito, implantar a escola em tempo integral, manter a inflação dentro da meta, destinar mais recursos da União para a segurança nos estados e defender o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
De acordo com a coordenação da campanha, programas atuais, como Mais Médicos, Minha Casa, Minha Vida e o Bolsa Família, serão mantidos e “aprimorados”. Segundo Marina Silva, a proposta de reforma política, por exemplo, não está finalizada e será debatida com a sociedade. “Estamos colocando algumas ideias sobre reforma política para o debate”, disse.
Em relação ao casamento gay, a candidata disse que “o Estado é laico". "Nosso compromisso é que direitos civis sejam respeitados”, defendeu, além de comentar sobre Lei da Anistia, agronegócio, reforma tributária, legalização da maconha e política externa. Marina disse que a taxação de grandes fortunas não está dentro do programa, mas poderá ser discutida na reforma tributária. A respeito de ajuste fiscal, Marina disse que “estamos nos propondo a criar o Conselho de Responsabilidade Fiscal”. Perguntada sobre o tema aborto, a candidata disse que seu programa traz o que já está previsto em lei.
A respeito do resultado do Produto Interno Bruto (PIB), a candidata disse que “estamos vivendo uma situação de recessão que é muito preocupante". "Mas nunca tive a filosofia do quanto pior, melhor. Para nós, seria bom que o nosso país estivesse crescendo, que tivéssemos investimento e não estivéssemos vivendo a ameaça de romper o tempo todo com o teto da meta da inflação e não estivéssemos ameaçando o emprego”. “O que queremos com esse programa é que o Brasil possa, de fato, ser um país economicamente próspero. Por dois trimestres consecutivos, o Brasil está com um crescimento que lamentavelmente nos leva para situação complicada”, disse.
Em discurso, Marina lembrou que as ideias de Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo, estão relacionadas a um desejo de mudança no país. “A sociedade brasileira é quem está fazendo a mudança. Ela mandou um sinal. Em 2010, ela me deu 20 milhões de votos. Depois, vieram as manifestações de junho. Agora, uma liderança morre precocemente e descobrem seu potencial. Há uma comoção nacional, que não é por acaso. É o desejo das pessoas de fazerem a mudança”, disse. A candidata afirmou que pretende exercer mandato por apenas quatro anos, sem tentar disputar a reeleição.