Estivalete respondeu a pergunta de Elemar Walker, presidente do Sindicato dos
Trabalhadores Rurais de Venâncio Aires, sobre o êxodo rural. O candidato defendeu
ampliação dos créditos rurais. "E temos que fazer com que os produtores recebam na própria safra", falou. Também defendeu estímulo a pesquisas, através das universidades.
Robaina respondeu a uma pergunta de Antônio Trevisan, diretor da Federação do Comércio do Estado do RS, sobre providências para o escoamento da safra. Robaina disse que o foco no transporte rodoviário é "um atraso" e defendeu investimentos em hidrovias e ferrovias. Disse que a melhoria nas rodovias demandaria um volume muito grande de recursos e afirmou que, por isso, o Estado não pode canalizar recursos públicos para a iniciativa privada através de isenções fiscais.
Carvalho respondeu a um questionamento de Ney Lazzari, reitor da Univates, sobre parques tecnológicos. Disse que parques devem ser "cada vez mais incentivados" no Estado e afirmou que o incentivo deve partir do poder público e não via setor privado.
Ana Amélia respondeu a um questionamento de Rodrigo Moglia, presidente da Associação do Sindicato Rural de Bagé, sobre o respeito às liberdades individuais, direito à propriedade e independência entre poderes. A progressista se disse uma "defensora intransigente da liberdade de expressão". Disse que não se pode imaginar "amordaçamento" da mídia e do Ministério Público. "A liberdade de expressão é tão importante quanto o ar que
respiramos", falou.
Sartori respondeu a um questionamento de Cíntia Agostini, presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari, sobre políticas voltadas aos dependentes químicos. O peemedebista disse que é preciso envolver a sociedade, através de entidades, organizações comunitárias e igrejas, no combate à drogadição. "É preciso fortalecer a rede de saúde para a área da drogadição e atender a todos, sem preconceito", falou.
Vieira da Cunha respondeu a uma pergunta de André Jungblut, diretor-presidente da Gazeta Grupo de Comunicações, sobre a gestão das estradas estaduais. Vieira afirmou que o Daer, a EGR e a iniciativa privada podem conviver na gestão das estradas "A fim de que possamos conservar as estradas estaduais, chamando a iniciativa privada para investir. Os recursos públicos não será suficientes para fazer as obras necessárias", colocou. Disse que as PPPs serão precedidas de um amplo debate com a comunidade, inclusive sobre a questão tarifária.
Na sequência, os candidatos fizeram as considerações finais.
Vieira da Cunha questionou Humberto Carvalho sobre a relação do Estado com o governo federal. Carvalho falou que a relação "anula" a federação, porque "tudo está centralizado na União". O candidato do PCB disse que a União exige "vassalagem" dos Estados e municípios através dos empréstimos. "Dos 27 Estados, 24 são devedores, isso sem falar das dívidas dos municípios", colocou. Falou ainda que o projeto de renegociação da dívida vai contra os interesses dos Estados e municípios devedores.
Tarso questionou Robaina sobre a política de valorização do salário mínimo regional. Robaina reconheceu a valorização nos últimos anos, mas afirmou que os patamares do salário ainda não são suficientes para garantir a qualidade de vida dos cidadãos. Voltou a criticar as isenções fiscais para grandes empresas e disse que esses recursos deveriam ser canalizados para investimentos. Tarso afirmou que as políticas de isenções fiscais são adotadas para atrair empresas que contribuam para o desenvolvimento econômico do Estado.
Ana Amélia questionou Estivalete sobre o lançamento do edital, pelo governo do Estado, para a obra do viaduto junto ao Trevo Fritz e Frida, em Santa Cruz do Sul. A progressista questionou o fato de o lançamento ocorrer às vésperas da eleição. Estivalete criticou a postura do governo, a atuação da EGR e defendeu valorização dos servidores estaduais. Ana Amélia disse que é preciso haver um compartilhamento de responsabilidades entre Estados e municípios sem discriminação partidária.
Humberto Carvalho questionou Ana Amélia sobre conflitos entre indígenas e produtores rurais. Ana Amélia disse que é necessário respeito à lei e diálogo em uma sociedade democrática. "Não podemos importar conflitos mas trabalhar intensamente com lei e diálogo esses conflitos", colocou. Falou ainda que, embora se trate de matéria federal, o Estado precisa ser protagonista na promoção desse diálogo. Na réplica, Carvalho afirmou que a Constituição garante aos indígenas a utilização de terras que historicamente pertencem a eles e criticou a bancada ruralista no Congresso. "O objetivo de retirar o poder de demarcação da Funai é retirar os direitos dos indígenas", afirmou. Na tréplica, Ana Amélia afirmou que a maior parte dos conflitos se dão com pequenos agricultores e não com ruralistas.
Estivalete questionou Sartori sobre segurança pública. Sartori disse que segurança é "uma das coisas mais preocupantes da vida das famílias. Reduzir as tarefas administrativas e aumentar o número de policiais é um primeiro passo", falou. Defendeu também a colocação de "modernas tecnologias" à disposição das polícias. Destacou que, enquanto prefeito de Caxias do Sul, criou a polícia comunitária. Também defendeu mudanças na política penitenciária e disse que o governo federal tem "grande responsabilidade" nisso e afirmou ainda que é preciso políticas voltados aos usuários de drogas. Na réplica, Estivalete defendeu que o governador acompanhe mais de perto a gestão da segurança pública e disse que, se eleito, vai extinguir a secretaria estadual de segurança.
Estivalete respondeu a uma pergunta de Getúlio Fonseca, presidente do Simecs, sobre o piso regional para que fique equiparado ao piso brasileiro. Defendeu a PEC 300 e disse que a Brigada Militar será a polícia "mais bem remunerada do País". Defendeu ainda a valorização do funcionalismo público. "A paridade salarial será feita entre ativos e inativos", disse.
Ana Amélia respondeu a uma pergunta de Gilmar Bazanela, presidente do Sindilojas de Pelotas, sobre o imposto de fronteira. A progressista criticou a postura do governo em relação ao projeto de lei aprovado na Assembleia que impede a cobrança do tributo e prometeu apoio às micro e pequenas empresas.
Roberto Robaina respondeu a uma pergunta de José B. de Almeida, presidente da Celetro, sobre matriz energética. Disse que é preciso apostar em uma matriz energética que não seja tão poluente, como hidrelétricas e energia eólica. "As privatizações sucatearam o setor de energia e estamos ainda sofrendo os efeitos disso. Temos problemas em todas as áreas", disse. Robaina também criticou incentivos públicos a empresas privadas.
José Ivo Sartori respondeu a uma pergunta de Lia Quintana, reitora da Urcamp, sobre relação do governo com as instituições comunitárias. O peemedebista disse que as instituições comunitárias cumprem papel "às vezes superior" às públicas. "A educação é o vetor do desenvolvimento e nessa caminhada todos têm que estar juntos", falou.
Vieira da Cunha respondeu a pergunta de Luciano Naue, presidente do Corepe-Trecho 8, sobre a gestão das rodovias estaduais. O pedetista criticou as condições das estradas do Estado e a falta de investimentos. Defendeu a revitalização do Daer e disse que seu governo manterá a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). "Mas a situação é tão crítica que temos que chamar a iniciativa privada", colocou. Disse, no entanto, que as concessões serão diferentes das feitas no fim dos anos 90. "Vamos fazer editais de licitação precedidas de um amplo e democrático debate. A sociedade vai discutir inclusive o nível tarifário que será praticado", disse.
Humberto Carvalho respondeu a uma pergunta de Ricardo Zago, presidente da Associação dos Arrozeiros de Bagé e Região, sobre a burocratização de licenciamentos ambientais. O candidato disse que é preciso considerar a necessidade do respeito às questões ambientais. "Uma burocratização excessiva deve ser melhor pensada. Todavia, a questão ambiental é prioridade no nosso Estado", falou.