No último dia de campanha política nas ruas para o primeiro turno, a candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, percorreu ruas de Belo Horizonte e Porto Alegre. Em coletiva à imprensa na capital mineira, Dilma explicou as escolhas. “Vou aos dois estados aos quais – tanto Minas Gerais quanto Rio Grande do Sul – eu devo a minha formação pessoal e política.”
Com a voz rouca por causa de uma laringite, Dilma dedicou mais de dez minutos de fala às mulheres. De acordo com dados do Ibope divulgados quinta-feira (2), os eleitores indecisos são, em grande parte, mulheres das regiões Sul e Sudeste com idade acima de 45 anos e renda familiar entre dois e cinco salários mínimos.
Dilma destacou o interesse feminino pelo aperfeiçoamento profissional e o empreendedorismo das mulheres, e ressaltou o papel delas como chefes de família. “Acredito num Brasil com mais direitos, com mais reforço da autonomia das mulheres. Um Brasil sem discriminação”, disse Dilma, acrescentando que a violência contra a mulher é crime.
Segundo a candidata, a construção de um país democrático passa necessariamente pelo fim da discriminação. “Nós estamos na etapa em que é necessário reforçar esse combate à discriminação, seja à mulher, seja ao negro, seja a homofobia, às diferentes orientações sexuais. É caso para o Brasil se mobilizar e lutar contra esses processos bárbaros que atentam contra a civilização”.
Perguntada se tem preferência por enfrentar Aécio Neves (PSDB) no segundo turno, que também fez campanha hoje na região metropolitana de Belo Horizonte, Dilma disse que “quem tem preferência é o eleitor”. Após a coletiva, por volta das 11h, Dilma percorreu, em carro aberto, ao lado do candidato do PT ao governo de Minas Gerais, Fernando Pimentel, cerca de 1,5 quilômetro na Avenida Afonso Pena, a principal do centro da cidade. No final do percurso, com forte esquema de segurança, a candidata entrou em uma cafeteria, onde tomou um café, comeu pão de queijo, conversou com algumas pessoas e tirou fotos por 15 minutos.