O deputado federal Beto Albuquerque disse na manhã de ontem, em entrevista ao programa “Repórter do Povo” na rádio Uirapuru, que não levará “desaforo para casa” e, pessoalmente, não pretende votar na candidata a reeleição Dilma Rousseff. “Não tenho condição moral nenhuma de votar na Dilma em razão de todas as agressões que sofremos da própria voz da presidente nesse primeiro turno”. A direção nacional do partido se reuniu na tarde de ontem, em Brasília, para definir o posicionamento e, anunciou apoio ao tucano Aécio Neves. Os partidos que integram a coligação se reúnem na tarde hoje. O PPS também anunciou apoio ao candidato. De acordo com ele, nenhuma das duas candidaturas é o caminho ideal, mas particularmente, não pode apoiar o “algoz”, que caluniou e injuriou sem proporcionar chances de defesa. Beto completou e, disse que o apoio à candidatura de Aécio Neves está condicionado ao comprometimento do candidato com pautas que faziam parte do projeto proposto por ele e pela ex-candidata a Presidência da República, Marina Silva, como o fim da reeleição, o passe livre aos estudantes, escolas em tempo integral, o apoio aos municípios brasileiros, a renegociação das dividas dos Estados.
Destacou ser defensor da alternância no poder e, considera que, na politica quando um agrupamento fica muito tempo no Poder acaba por “gerar todo tipo de perigo”. Segundo ele, em algumas situações acontece a acomodação, em outros o desenvolvimento de vícios, ou gerar atos “não muito nobres”.
Avaliação
Com uma campanha de 45 dias e, com pouco tempo de propaganda no rádio e na TV, o deputado disse que ele e Marina conseguiram cumprir com a missão deixada por Eduardo Campos e se sente vitorioso pela construção de propostas apresentadas durante o período, mesmo diante das adversidades e mudanças repentinas que ocorreram a partir da morte de Eduardo. “Saímos desse processo conscientes que cumprimos nossa tarefa, pessoalmente, me sinto vitorioso porque com toda a injuria e calunia jogada contra Marina e ao nosso programa de governo decidimos defender propostas”.
Atuação do PSB
O PSB esteve ao lado das duas gestões do presidente Lula, mas se afastou do governo da presidente Dilma para defender um novo projeto liderado pelo ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. “O governo Lula foi de sucesso, de crescimento e resultados Agora o governo da Dilma teve poucos resultados, na nossa opinião e, por isso, divergimos”.