Marina adia decisão

Posicionamento depende de alterações no programa proposto pelo Tucano Aécio Neves

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A ex-candidata a presidência da republica, Marina Silva (PSB), adiou o anuncio do seu posicionamento e apoio no segundo turno das eleições. A tendência demonstra que, a ex-candidata manifeste apoio para Aécio Neves, mas essa decisão está condicionada ao acatamento de modificações no programa de governo do Tucano. De acordo com o porta voz dela, Nilson Oliveira, caso seja sinalizado o apoio ao candidato, Marina não irá subir em palanque.

A candidata estabelece que Aécio assuma compromissos defendidos por ela e pelos partidos que faziam parte da coligação Unidos pelo Brasil. Para estabelecer as diretrizes, os partidos que integram a coligação se reuniram e elaboraram um documento contendo pontos em comum que Aécio deveria incluir em seu programa. Partidos como o PHS e o PSL não participaram da reunião. O documento será encaminhado para a avaliação de Aécio após a aprovação de Marina. Dentre os pontos programáticos as legendas incluíram itens como a antecipação das metas de investimentos de 10% do PIB para a educação e escolas em tempo integral. Na saúde, estabelecem que o Tucano destine, se eleito, 10% da receita bruta da União para a saúde. Também determinam pontos como o passe livre estudantil, a reforma política com o fim da reeleição, e a não redução da maioridade penal. A partir da sinalização positiva em relação a estes itens do candidato tucano, Marina poderá apoiar oficialmente o postulante.

Marina divulgou uma nota em sua página oficial no Facebook onde agradeceu o engajamento dos partidos que faziam parte da coligação. “Conseguimos fazer algo inédito na política brasileira e só isso já pode ser considerada uma vitória”. Ela também pediu que a coligação não participe da “Guerra suja da destruição” no segundo turno e que não abram mão do debate programático de alto nível.

No início da noite de quarta-feira (8) o PSB havia emitido uma nota oficial anunciando apoio à Aécio. A posição não foi unanimidade no partido. Lideranças, como a deputada federal Luiza Erundina, eram favoráveis a neutralidade do partido, mas o voto foi vencido. Erundina estava decepcionada com a posição do partido e, disse, que a definição é “vexatória”, já que a candidatura de Aécio se caracteriza como “notadamente conservadora”. Além do PSB, o PPS, partido que também fazia parte da coligação, “Unidos pelo Brasil”, também já manifestou apoio formal ao Tucano.

Rede Sustentabilidade
A Rede Sustentabilidade, projeto de partido que Marina pretende oficializar, emitiu uma nota na qual afirma que o grupo priorizará projetos de mudança e “se manterá vigilante e independente em relação ao próximo governo”. O grupo não chegou a um consenso ao nome de Aécio, mas concordaram em não apoiar a petista Dilma Rousseff. A nota também destaca que a Rede respeita os eleitores que votaram em Aécio acreditando na mudança, aos que não definiram sua posição e aos que não se sentem representados pela polarização que persiste há 20 anos e, libera que cada militante avalie em qual dessas alternativas, as propostas de mudança qualificada, expressa pela candidatura Marina Silva, estará mais bem representada.

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