Presidente do Supremo Tribunal Federal participa de debate

Em conversa com estudantes de Direito, o ministro destacou o papel do poder judiciário na defesa dos direitos humanos fundamentais

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Passo Fundo teve uma presença inédita na sexta-feira (17). Ricardo Lewandoswki, presidente do Supremo Tribunal Federal, veio à cidade para participar da Semana Acadêmica do Direito, da Faculdade Anhanguera, e da VIII Semana de Ciências Criminais, organizada pela Associação de Advogados Criminalistas do Planalto Médio, a AACPLAN.

Ao lado de representantes das duas entidades, o presidente agradeceu a oportunidade de poder conhecer Passo Fundo e ressaltou a riqueza cultural da cidade. Segundo ele, esse contato com a justiça brasileira é saudável. “O magistrado, antes de mais nada, precisa ser um homem do mundo, deve ser humanista e gostar de sê-lo”, ressaltou.

Em sua fala, Lewandoswki deu destaque ao tema da Semana Acadêmica, os direitos humanos fundamentais, e ressaltou o papel do poder judiciário brasileiro na decisão de questões relacionadas ao tema. Para o presidente, os brasileiros ingressamos na era dos direitos e o Brasil é hoje uma ilha de tranquilidade, com instituições sólidas, com um judiciário do qual podemos nos orgulhar, com um sistema bancário eficiente. “Se nós olharmos bem e dermos o devido desconto às diferenças sociais, somos um país que vive em paz, um país organizado em que as instituições funcionam bem”, comentou. O ministro lembrou ainda o papel dos jovens: “hoje há plena liberdade de opinião, de imprensa, de reunião e talvez os jovens não estejam dando o devido valor”, lembrou.

Os desafios da Justiça

Sobre o poder judiciário, o presidente acredita que ele assumiu um protagonismo no século XXI, porque as pessoas querem ver seus direitos efetivados e a grande tarefa do judiciário é dar concreção. “O homem do povo acordou para o fato de que tem direitos e quer exercê-los”, destacou Lewandoswi.

O presidente do STF explicou que o país está vivendo uma explosão de litigiosidade e que mais de 100 milhões de processos tramitam diariamente no país, fazendo com que a taxa de congestionamento cresça a cada dia, mas garantiu que o STF está sempre em busca de soluções para estas questões. Para ele, a própria sociedade precisa tentar resolver seus próprios conflitos, pois isso descongestiona o judiciário de forma expressiva e, de um modo geral, é muito melhor.

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