Estado não extinguiu pedágios e estradas estão péssimas, diz Sartori

Sartori enfatizou que as rodovias gaúchas estão em péssimas condições

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O candidato ao governo do Estado José Ivo Sartori afirmou nesta segunda-feira (20), em entrevista ao portal Terra, que o sistema de pedágios adotado pelo governo federal é um modelo que pode ser seguido pelo Estado, porque possibilita a cobrança de menor valor aos usuários das estradas e retorno financeiro em tempo mais alongado aos investidores. “No Rio Grande do Sul, os pedágios continuam existindo. Não foram extintos. O que ocorreu é que lá atrás, quando se iniciaram as concessões de rodovias, foi fixado um período de 15 anos de vigência. Já os novos contratos não têm tempo definido para acabar”, disse ele.
 
 Sartori enfatizou que as rodovias gaúchas estão em péssimas condições e mencionou uma pesquisa anual da Confederação Nacional do Transporte (CNT), divulgada na semana passada, para sustentar a afirmação. Conforme avaliação feita em 2014 pelo órgão em 8.295 quilômetros de estradas, apenas 302 quilômetros (o equivalente a 3,6%) podem ser classificados como ótimos. Na pesquisa anterior, o índice era de 5,3%.
 
A CNT aponta que a qualidade da malha rodoviária do Rio Grande do Sul está em queda progressiva. Em 2010, 66% das rodovias eram consideradas ótimas ou boas. O percentual baixou para 62% em 2011, 58,7% em 2012, 48,9% no ano passado e, agora, para 32,4%. Comparando com Santa Catarina (onde 40,3% das estradas são apontadas como ótimas ou boas) e o Paraná (onde o índice é de 49,3%), o Rio Grande do Sul tem a pior condição da Região Sul.     
 
Sartori defende as parcerias público-privadas (PPPs) para investimentos em rodovias, já que hoje o Estado não dispõe de recursos próprios suficientes para isso. “Não se pode ter preconceito político ou ideológico com esta alternativa. Com as finanças combalidas, não teremos como fazer melhorias sem PPPs”, frisou, destacando que os serviços devem, no entanto, ser mantidos sob o controle do Estado. O candidato salientou ainda que dará continuidade às obras em andamento e também buscará recursos junto a organismos de fomento para recuperar as estradas, à medida que as finanças permitirem.

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