No primeiro turno das eleições, no dia 5 de outubro, eleitores de 186 municípios gaúchos votaram por meio do sistema de identificação biométrica. . De 2013 para 2014, 185 cidades passaram por um processo de revisão do eleitorado, em que todos os votantes tiveram de comparecer aos cartórios eleitorais para a coleta de fotografia e impressões digitais.
A revisão ocorrida no cadastro de eleitores acabou refletida no índice de abstenção, segundo o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS). Enquanto o conjunto dos municípios gaúchos apresentou média de abstenção de 16,8%, o número cai para 8,9% nos locais que passaram pelo recadastramento biométrico.
O secretário de Tecnologia da Informação do TRE-RS, Daniel Wobeto, atribui a queda no índice de abstenção ao fato de a revisão biométrica ter diminuído a defasagem no cadastro, pois os eleitores que morreram ou não compareceram aos cartórios eleitorais tiveram o título cancelado e foram excluídos.
“Em muitos casos, as pessoas mudam de cidade e não fazem a transferência do título de eleitor. Se não comparecem aos cartórios quando está sendo feito o recadastramento biométrico, o título é cancelado. A revisão proporciona um cadastro mais fidedigno quanto aos eleitores efetivamente aptos a votar”, disse.
O Rio Grande do Sul é o estado com o maior número de municípios com identificação biométrica no pleito de outubro, segundo o TRE-RS. Ao todo, 752.026 eleitores serão identificados por meio da impressão digital neste domingo (26).
O maior colégio eleitoral com voto biométrico no estado é Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. Primeiro município gaúcho a adotar o novo sistema, com 238.931 eleitores, Canoas fez o recadastramento biométrico de 2009 para 2010.
No primeiro turno, dos 8.385.229 de eleitores gaúchos aptos a votar, 6.976.843 compareceram às urnas. O índice de abstenção atingiu 16,8%. No país, dos 142,8 milhões de eleitores, participaram do pleito 115,1 milhões. O percentual de abstenções correspondeu a 19,39%.