A sessão da CPI da Petrobras acabou em discussão e ânimos alterados na Câmara dos Deputados. Parlamentares protestaram diante da criação de quatro sub-relatorias que vão ser comandadas pelo PSDB, PTB, PSC e PR. Partidos como PT e o PSOL, não foram favoráveis a criação, e houve discussão acalorada entre os parlamentares. Deputados questionaram a indicação de cada sub-relator, as quais não foram submetidas ao plenário da CPI. O deputado Edmilson Rodrigues (PSOL-PA) trocou ofensas com o presidente da CPI Hugo Motta (PMDB-PB).
Parlamentares da base aliada e da oposição reclamaram que não foram consultados quanto a criação das sub-relatorias. Motta justificou que a medida vai garantir a descentralização dos trabalhos, porém, na pratica ela é analisada por alguns parlamentares como um mecanismo de enfraquecer os poderes do relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ). Os deputados questionaram a indicação dos sub-relatores e disseram que os nomes deveriam ser definidos pelos parlamentares que integram a CPI. Porém Motta não abriu mão e não voltou atrás de sua decisão.
Convocações
A CPI da Petrobras na Câmara aprovou as convocações dos ex-presidentes da estatal Graça Foster e Sergio Gabrielli, além do ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa, do ex-diretor de Serviços Renato Duque e dos ex-diretores da área Internacional Nestor Cerveró e Jorge Zelada. Foram aprovadas, também, as convocações do ex-gerente-geral da refinaria Abreu e Lima Glauco Legatti; o doleiro Alberto Youssef; Júlio Faerman, ex-representante comercial da SBM; e Luiz Eduardo Carneiro, ex-presidente da empresa Sete Brasil. As datas dos depoimentos ainda não foram marcadas.