Durante a cerimônia de Sanção do Código do Processo Civil, a presidenta Dilma Rousseff falou pela primeira vez após as diversas manifestações que aconteceram no país.
"O Brasil é uma democracia, em que acontece manifestações pacíficas, sem violência, onde as pessoas vão para a na rua se expressar", afirmou. “Ontem quando vi como ocorreu na sexta, centenas de milhares de cidadãos se manifestando nas ruas, não pude deixar de pensar e tenho certeza que muitos concordam comigo: valeu a pena lutar pela liberdade, pela democracia, esse país está mais forte que nunca”.
Sobre as medidas econômicas adotadas pelo governo, a presidenta lembrou sobre o início de 2014, quando todos acreditavam que a economia internacional iria sair do processo de retração e não ocorreu. Ainda conforme ela, o governo trabalhou duro para garantir emprego e renda. Dilma também enfatizou durante seu discurso que o Governo está aberto ao diálogo. "Você só pode abrir diálogo com quem o quiser. Procurarei ter diálogo seja com quem for. Estamos dispostos a mantê-lo, numa atitude de humildade. Queremos escutar quem quer que seja", comentou. “Nós vamos fazer esse esforço ao longo desse ano, mas o Brasil tem todas as condições de sair em menos tempo do que em qualquer outra circunstância. Quando a gente diz que o quanto pior melhor é algo que não se pode aceitar, é o seguinte: vamos brigar depois. Vamos fazer, agora, tudo o que tem de ser feito para o bem do Brasil”, reforçou Dilma.
Sobre as manifestações deste domingo, a presidenta falou sobre o direito da população se expressar e lembrou do período em que não se tinha esse direito. "Muitos da minha geração deram a vida para que o povo pudesse, enfim, ir às ruas para se expressar. Nunca mais, no Brasil, nós vamos ver pessoas que manifestarem sua opinião, seja contra quem quer que seja, inclusive a presidência da república, sofrerem consequências", lembrou.
Sobre a corrupção, Dilma disse que ela existem em todo o lugar. "A corrupção não nasceu hoje e não poupa nenhuma área. Pode estar em todo o lugar, inclusive no setor privado. O combate a ela também começa a partir do processo educacional, quando se valoriza o trabalho e não o fato de ganhar vantagem em tudo", finalizou.