O vice-presidente nacional do PSB e presidente estadual da sigla no Rio Grande do Sul, Beto Albuquerque, comemorou a decisão da executiva nacional de iniciar processo de fusão com o Partido Popular Socialista (PPS). Beto valorizou a coerência política e ideológica da iniciativa, relembrando que as siglas possuem trajetórias de lutas comuns, marcadas por bandeiras que caracterizam a esquerda brasileira. “Se no passado lutávamos, por exemplo, pelo fim da ditadura e pela redemocratização, hoje novamente somamos forças para lutar por um novo Brasil. Neste importante momento da política brasileira, resolvermos iniciar a reforma política por nós mesmos, reduzindo o número de partidos”, destacou.
O dirigente nacional adiantou que mesmo com o processo de fusão, a tendência é que a nova sigla mantenha o nome PSB e o número 40. “Fortaleceremos ainda mais o Partido Socialista Brasileiro, reafirmando nossa condição de independência e de crítica ao governo federal”, complementou Beto. Sobre a conjuntura política nacional, Beto criticou a conduta do governo Dilma que, após as eleições, passou a adotar medidas que antes dizia que seriam obras dos adversários, como a elevação de tributos e a perda de direitos trabalhistas. “O ajuste fiscal é uma penalização que o governo Dilma e o PT estão impondo à sociedade brasileira, com aumento de juros, elevação de impostos e com subtração de direitos como o seguro desemprego, pensões, restrições no Pronatec e no Fies. Esse ajuste fiscal é o ajuste da Dilma e do Levy (Joaquim, Ministro da Fazenda), não é um ajuste da esquerda brasileira. O PSB precisa votar contra”, defendeu.
Com a fusão, o novo partido terá nove senadores, três governadores, 45 deputados federais, 92 deputados estaduais, 568 prefeitos (sendo quatro de capitais), 5.831 vereadores e 792 mil filiados. No Estado, a sigla ganhará, entre outros, uma deputada estadual e a prefeitura de Passo Fundo. “Trabalhamos para nos consolidar cada dia mais como uma alternativa viável a polarização PT e PSDB que está atrasando o país. A Cara do Novo Brasil é 40”, finalizou Beto, que concorreu à vice-presidência da República em 2014.
Socialistas gaúchos comemoram
No RS, as lideranças socialistas também celebraram a fusão, por acreditarem que o ato dialoga com os anseios da sociedade que exige mudanças para oxigenar a democracia representativa. “A fusão é a construção do projeto iniciado por Eduardo Campos”, lembrou o deputado federal Heitor Schuch (PSB/RS), fazendo referência ao ex-presidente nacional da sigla, falecido durante a campanha para à presidência da República em 2014.
O deputado estadual Miki Breier, atual secretário do Trabalho e do Desenvolvimento Social do RS, avaliou que a fusão atende à necessidade de somar esforços pensando no futuro do Brasil, além de revelar coerência ideológica entre as siglas. “O PPS e o PSB querem um desenvolvimento sustentável e uma política com muita transparência e participação popular”, ressaltou. Já o líder da bancada do PSB na Assembleia Legislativa, deputado Elton Weber, acredita que a fusão é uma aliança estratégia para fortalecer o projeto visando um novo Brasil. Da mesma forma o deputado federal José Stédile (PSB/RS) ponderou que a fusão representa um importante crescimento da força política já apresentada a sociedade em 2014, através da aliança encabeçada pelo PSB com o apoio do PPS. “Esse fato coloca nosso novo partido como alternativa de ainda maior potencial para as próximas disputas eleitorais visando a construção de um projeto novo para o país,” adiantou.
O deputado estadual Catarina Paladini também comemorou a notícia. “A fusão entre o PSB e o PPS mostra, na prática, o compromisso dos socialistas com o Brasil, com a sociedade e com a Reforma Política, prioridade há muitos anos. Ao promover a união de dois partidos com respaldo histórico, tradição e compromissos, o PSB faz sua parte e reafirma seu compromisso ético com as causas que representa. Saber enfrentar os desafios com coragem, sabedoria e ousadia é a cara do novo Brasil, é a cara do PSB”, destacou. A deputada Liziane Bayer afirmou que “são histórias de lutas que se unem para auxiliar no avanço da sociedade, da democracia e das conquistas sociais do nosso povo.”