Deputado fala sobre reforma política na Câmara “os que se opõem às reformas política, agrária, tributária, das comunicações e a todas que o país precisa, são os mesmos que ajudaram a construir um golpe que levou o Brasil a mergulhar numa brutal e insana ditadura de 1964 e até 1985”, disse o deputado Adão Villaverde (PT) na manhã desta quinta-feira, na Câmara de Vereadores de Passo Fundo. Villa iniciou roteiro pelas regiões de Planalto, Alto Uruguai, Altos das Serras e Vale do Taquari e teve, como primeira atividade matinal, a reunião da Frente Parlamentar da Reforma Política do legislativo municipal presidido pelo vereador Alberi Grando (PDT) e com Rui Lorenzato (PT) na vice-presidência.
Villa destacou que estes setores, agora, se movimentam no sentido de fragilizar um governo popular e que, apesar das mudanças que ainda precisa fazer, tem deixado claro uma opção pelo desenvolvimento com mais justiça social e com um olhar para os trabalhadores e seus direitos. “A sociedade não pode abrir mão das conquistas alcançadas até agora e, para isso, precisa estar mobilizada pelo fortalecimento da democracia. Neste sentido, a reforma política é de absoluta importância para avançarmos na redução do poder econômico (que confronta o resultado das eleições), na participação popular e na estabilização dos sistemas políticos”, disse o parlamentar. “E este debate não pode ser conduzido da forma autoritária e arbitrária com o qual o atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, a comandou, destituindo o relator do projeto e colocando o PL em votação direto no Plenário”.
Para Villa, a atual proposta de reforma na Câmara Federal retrocede “ao ponto mais crítico de nosso sistema eleitoral, pois constitucionaliza o financiamento empresarial das campanhas. É necessário nos mobilizarmos na defesa de um sistema eleitoral com lista pré-ordenada e fechada, financiamento público exclusivo, fim das coligações e cláusula de desempenho”. Acompanham a reunião da Frente Parlamentar, que também contou com a presença do presidente do PT local, Neri Gomes, representantes de entidades da sociedade civil, como sindicatos, representações dos direitos humanos, cooperativa Cresol, movimento pela moradia e movimento das mulheres.