PT diz ter sete nomes para majoritária

Partido conversa com PDT, PP e PR para definir se fará coligação ou lançará candidatura própria

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O Partido dos Trabalhadores (PT) ainda não tem um nome definido para concorrer à prefeitura, assim, o debate deve se estender até março. Para a proporcional, a sigla que reunir nomes com potencial eleitoral. Atualmente o PT conta com quatro vereadores: Claudia Furlanetto, Gleison Consalter, Isamar Oliveira e Rui Lorenzato.

O presidente municipal do partido, Neri Gomes, revela que agora é a hora de planejar os rumos que serão tomados em 2016 e que, assim como a maioria dos partidos, os nomes precisam ser discutidos. “Estamos em debate interno para a escolha. Estamos filiando homens e mulheres que podem concorrer ao Legislativo e ao Executivo e vamos escolher os nomes em um processo respeitoso”, relata. O presidente também revela que o partido possui sete pré-candidaturas para concorrer a majoritária. Além dos quatros vereadores em atividade, a lista também contempla o reitor da UFFS Jaime Giolo, o próprio Neri e mais uma professora universitária que nunca concorreu a cargo público, “mas que tem um grande prestigio na cidade”. Neri Gomes prefere não revelar o nome. O ex-vice-prefeito Rene Cecconello, que disputou a prefeitura em 2012 está fora da lista por uma opção pessoal. Ele não quer mais concorrer, segundo informou Neri Gomes.  O presidente ainda avalia coligações com outros partidos: PDT, PR e PP estão entre os cotados.

A fala do presidente está em sintonia com as ideias dos vereadores. Rui Lorenzatto destaca que o partido tem nomes fortes, mas devido a extensão da janela de transferências dos políticos, o partido relaxou na discussão. “Temos nomes históricos e fortes para concorrer à prefeitura, mas o debate ainda está sendo realizado. Estamos avançando aos poucos, o partido recebe muitas críticas, devido a situação nacional, mas tenho a certeza que construímos um projeto de Brasil melhor para sociedade, e essas críticas vêm de uma minoria que não concorda com isso”, relata. 

Gleison Consalter, o vereador com maior votação do partido em 2012, analisa que dentro do diretório municipal existem várias correntes, algumas que preferem ter uma chapa majoritária sem coligações, outras que acreditam que o melhor caminho é ter um nome de vice, e assim é necessário que o partido trabalhe com todas as ideias de forma respeitosa. “Além disso é necessário analisar com cuidado o que é melhor para o partido, podemos ir coligados com outros partidos, entretanto é necessário cuidar quem só visa cargos. O objetivo é ter uma chapa boa para que o partido cresça ainda mais em Passo Fundo”, relata.

Para Isamar Oliveira a escolha da majoritária está atrasada, e isso se deve principalmente à nova legislação eleitoral que, segundo ele, facilitou para que surjam mais barganha entre os políticos que querem mudar de partido. “Agora a expectativa é que o PT saia com uma frente ampla, de oposição à atual administração. Mas caso isso não ocorra, sei que o partido tem postura e um eleitorado fiel”, ressalta.

Segundo a vereadora Claudia Furlanetto o PT se destaca na quantidade e na preparação das mulheres que concorrerão nas eleições, tanto ao Legislativo quanto possivelmente ao Executivo. “É um ponto positivo. Estamos preparando e defendendo que na majoritária o partido tenha o nome de uma mulher, preparada para concorrer ao cargo”, acredita.

Para disputar à Câmara, Gomes explica que no estatuto da sigla está previsto vagas divididas igualmente entre homens e mulheres. Como o partido irá com 32 nomes, a composição terá 16 homens e 16 mulheres. A sigla ainda não definiu oficialmente os nomes que irão concorrer, entretanto os três vereadores e a vereadora do partido tem preferência para a reeleição, caso não sejam escolhidos para a majoritária.

 

Seguem no partido

Ao contrário do que vem ocorrendo com o PDT, no PT, os quatros vereadores não pretendem deixar o partido. Para eles, embora seja alvo de muitas críticas, o PT faz muito em prol da população e tem uma visão de sociedade que abrange a todos. No entendimento dos vereadores, todas as discussão que acontecem são realizadas de forma respeitosa e democrática e todos tem o seu espaço. “Trocar de partido, como quem troca de roupa não faz condiz com meu caráter. Temos que manter a ideologia. Caso alguma coisa me irritasse até poderia sair, mas isso não acontece, temos uma bancada e um diretório unidos”, finaliza Gleison.

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