O deputado Diogenes Basegio, PDT, renunciou ao mandato de parlamentar durante o programa Esfera Pública, da Rádio Guaíba, no início da tarde desta sexta-feira. O deputado leu documento com os argumentos da renuncia na Rádio Guaíba. “Renuncio em respeito a minha trajetória pessoal e profissional e aos meus familiares", afirma. Basegio disse que não pode dar vazão "a esse linchamento moral que só satisfaz quem tem o prazer de destruir. Minha escolha de vida está dedicada a salvar vidas", disse. Emocionado, o parlamentar leu a carta de renúncia na presença do advogado Ricardo Giuliani. Mesmo assim, o processo de cassação mantem sua tramitação normal, devendo ser votado em plenário na terça-feira. Com a renúncia, a primeira suplente, Juliana Brizola, passa a ser titular. Já o atual presidente da Corag, Vinicius Ribeiro, segundo suplente da bancada, assume vaga na Assembleia.
Entenda o caso
Basegio foi denunciado no começo de julho pelo seu ex-assessor Neuromar Gatto. Através de gravações, o ex-assessor denunciou que o parlamentar exigia parte dos salários dos servidores do gabinete e também havia nomeado funcionários fantasmas. O parlamentar negou as acusações e disse que foi alvo de extorsão e alegou que as imagens tinham sido forjadas por Gatto. Em seguida, Basegio se afastou da liderança do PDT na Assembleia, sem se manifestar. No dia 17 de agosto, a Subcomissão de Ética encaminhou o processo de cassação de Basegio, argumentando quebra de decoro parlamentar e omissão de atos criminosos praticado pelo ex-chefe de gabinete Neuromar Gatto. Já no dia 31 de agosto a Comissão de Ética votou pela aprovação da cassação de Basegio, por unanimidade, de onde o processo seguiu para a Comissão de Justiça que derrubou o parecer da Comissão de Ética e deu um novo parecer que pedia a suspenção de Basegio, que também foi negado. No último dia 10 de novembro, um novo processo foi aberto pelo Corregedor-Geral da Assembleia Legislativa (AL) do Estado, Marlon Santos (PDT), contra Basegio. Os dados levantados pelo Ministério Público envolvem os cargos de confiança (CCs) e uma lista feita pelo deputado. A suspeita é de que esses novos valores apresentados sejam relativos ao pagamento de parte dos salários dos CCs a Basegio.
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