Um movimento em defesa do Governo Dilma Rousseff, foi organizado por diversas centrais sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), aliados com partidos políticos da base do governo Dilma, entre eles PT e PCdoB, no final da tarde de ontem (16). Cerca de 300 pessoas participaram da ação, que ocorreu na esquina democrática, no encontro da Avenida Brasil com a Bento Gonçalves. Entre as principais pautas levantadas pelos diversos líderes que discursavam no local, estava a saída imediata do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que foi acusado de golpista e chantagista pelos manifestantes. Eles defendem que não existe motivo para a saída da presidente, e que irão defender o mandato dela, na rua. O presidente municipal do PT, Neri Gomes, defende que o Governo está sofrendo um golpe. “Trancamos o centro, além disso, vieram diversos ônibus de outras cidades apoiadoras. O ato é grande, não é de brincadeira. Contra os golpistas precisamos bater de frente”, relata.
Em um dos discursos, Luiz Lottermann, da União da Juventude Socialista, disse que esse movimento é em resposta ao movimento pró-impeachment, que aconteceu em todo Brasil no último domingo (13), que para tirar o governo do poder, de uma forma antidemocrática. “Eduardo Cunha é um achacador e golpista. Precisamos derrubar ele para manter a democracia. Hoje é a resposta aos golpistas. É na rua que vamos defender a democracia. Não há motivos para que a Dilma saia da presidência”, defende. Entre os discursos, os presentes soltavam gritos de ordem como “Não vai ter golpe” e “Vai ter luta”.
Segundo organizadores, o evento contou com a presença de lideranças de Não-Me-Toque, Tapejara, Marau, Fontoura Xavier, Sertão, Casca e Soledade.
Dilma Rousseff
Durante o ato, a presidente estava na 3ª Conferência Nacional do Estudantes, em Brasília. Em seu discurso defendeu que está no meio de uma batalha que indicara o rumo do país por vários anos. “Em minha juventude lutei contra o desrespeito da democracia, nesse momento, lutarei contra a interrupção indevida do meu mandato. Eu acredito na democracia e tenho compromisso de continuar mudando o Brasil. Sempre respeitei a lei e os contratos”, conclui.
Brasil
O ato estava marcado para todo o país. Diversas capitais e grandes cidades aderiram ao movimento. Em São Paulo, o ato aconteceu no Museu de Artes de São Paulo, logo após os manifestantes se dirigiram para a Praça da República. No Rio de Janeiro, os militantes se concentraram em Cinelândia, e teve o apoio de aproximadamente 50 centrais sindicais. Na capital gaúcha, o movimento começou em frente à prefeitura e em seguida iniciaram caminhada pela avenida Voluntários da Pátria em direção à avenida Salgado Filho. Segundo os organizadores, o movimento aconteceu em 70 cidades.