O ano de 2015 foi de muito trabalho e novidades para o deputado Juliano Roso (PCdoB). Presidiu a Comissão de Ética, que fez história ao cassar o primeiro parlamentar, assumiu o papel de líder da bancada e integrou Frentes Parlamentares. “Foi um ano de uma rotina muito intensa. Tenho me dedicado integralmente ao mandato. São poucos deputados que tem a titularidade de quatro comissões, além disso, sou suplente da Mesa Diretora e participo sempre das reuniões na Assembleia, o que me dá uma rotina de trabalho de terça a quinta-feira dentro da estrutura da Casa, e de sexta a segunda-feira no interior, principalmente em Passo Fundo”, relata.
O deputado participa também de diversas frentes parlamentares, nas quais ele destaca a de Combate à Sonegação e a das Pequenas Centrais Hidrelétricas.
Ética
Na presidência da Comissão de Ética, Juliano teve dois trabalhos de grande representatividade. O primeiro foi sobre o caso do então deputado estadual Diógenes Basegio (PDT), que foi acusado de desviar verbas de assessores do seu gabinete, onde o processo passou pela Comissão e teve parecer favorável pela cassação. O outro caso, que ainda está em tramitação na Assembleia, é referente ao deputado Mário Jardel (PSD), que foi acusado de quatro crimes, entre eles o de lavagem de dinheiro, que passou pela Comissão de Ética, que acolheu o parecer do corregedor da Casa, Marlon Santos (PDT), que pediu a cassação do mandato de Jardel. Para Juliano, a Comissão de Ética existe justamente para estes casos extraordinários, mas avalia como negativo para a imagem da Casa o fato de dois parlamentares terem passado pelo processo (um deles já cassado e outro prestes a ser). “Quando assumi a presidência dessa Comissão, me disseram que a Comissão de Ética era a que menos trabalhava e menos funcionava, entretanto foi uma das Comissões que mais trabalhou em 2015, atrás apenas da Comissão de Constituição e Justiça. Foi uma Comissão com muitas tarefas, mas digo isso com um infelizmente, pois quando a Comissão de Ética trabalha, é porque algo esta sendo investigado, e geralmente algo negativo com algum deputado, como foi Basegio, e como está sendo com Jardel”, avalia. O mandato de Juliano a frente da Comissão de Ética encerra em fevereiro de 2017.
Projetando
Para o deputado, o ano de 2016 será trabalhado diferente da Assembleia Legislativa. Ele pretende focar mais em seus projetos. “Dediquei muito tempo para as Comissões, Frentes Parlamentares e oposição. Vou continuar, mas diminuir esse tempo, e vou me cuidar mais dos meus projetos, articular para que eles sejam aprovados”, diz. Juliano também quer dedicar mais tempo para cuidar dos interesses políticos de Passo Fundo, tendo em vista que ele acabou se tornando o único representante do município na Assembleia. “Tenho que dar uma resposta à cidade, a sociedade e as demandas locais, tanto em Brasília como em Porto Alegre”, conclui.
Grande Expediente
Em seu Grande Expediente de 2015, que aconteceu no dia 22 de outubro, o comunista relatou a importância do combate a sonegação fiscal no Estado, a pirataria e o contrabando, que segundo ele representa grandes perdas aos cofres do Rio Grande do Sul. Também defendeu que a sonegação é um crime, e precisa ser tratada como tal, defendendo a utilização da inteligência dos quadros de funcionários da Casa, dos auditores da Receita Federal, da polícia, do Ministério Público e do Tribunal de Contas para combater sem tréguas a sonegação.
Governo Sartori
Um dos principais nomes da oposição ao Governo de José Ivo Sartori, Juliano revela que busca ao máximo fazer uma oposição responsável, que critica quando precisa, mas que está aberta ao dialogo e sugestões para um Estado melhor. Entretanto, considera o atual governo fraco, sem projeto de desenvolvimento. “Ele carece de um programa para retomada do crescimento da economia. Até hoje está tentando descobrir o que fazer com o Governo que ganhou nas eleições, em que a cada 10 gaúchos que votaram, sete escolheram Sartori. Foi uma vitória implacável que ele não soube aproveitar”, emite. Juliano também fala que o Governo cria uma depressão na população, “pois mesmo aumentando o ICMS, renegociando a dívida com a União, reduzindo o pagamento das RPV’s, antecipando os créditos da General Motors e com o aumento dos saques dos depósitos judiciais de 85% para 95%, mesmo com tudo isso, esse Governo não apresentou nada efetivo para o Rio Grande do Sul, pelo contrário, a população está vendo o aumento da gasolina, e deverá ver nos outros projetos que foram aprovados, como o da concessão do transporte público interestadual por 50 anos, sem qualquer tipo de conversa, em que ficaremos refém por 50 anos, e isso para mim é um crime. Além do Projeto de responsabilidade que penalizará exclusivamente o servidor público, que terá seu salário congelado”, conclui.
Novo Escritório
No final da tarde de ontem (05), foi inaugurado o novo escritório de Juliano Roso para a representação política na cidade, localizado na torre do Bella Cittá Shopping Center, na Avenida Brasil, 297, sala 1505. Segundo o ex-vice-prefeito, a criação desse espaço serve para estreitar ainda mais a relação com a cidade onde cresceu e pela qual foi eleito. “O escritório político aqui é muito importante, porque as pessoas me cobram muito um diálogo direto, e, geralmente, elas não têm a possibilidade de ir a Porto Alegre. Por isso aluguei essa sala, que estou custeando, para que a população tenha acesso diretamente ao meu trabalho e também possam me dar sugestões”, relata. O escritório funcionará de segunda a sexta-feira, no horário comercial e também no sábado pela manhã.
Partido
No final do ano passado, Juliano foi presidente municipal do PCdoB, e assim, precisa conciliar a atividade parlamentar com o comando partidário. Segundo ele, essa foi uma decisão pessoal, pois mesmo tendo convite de cargos mais relevante em nível estadual, ele prefere ajudar no fortalecimento do PCdoB no município. “Faço parte da executiva estadual, entretanto apenas com algumas tarefas, pois quero aprofundar o crescimento do PCdoB em Passo Fundo, ajudando nas eleições de 2016, onde apresentaremos uma grande chapa própria para vereadores, e também apresentaremos um nome em março, para ficar a disposição de ser vice, de Luciano Azevedo para concorrer na majoritária”, relata.
