PPS se reestrutura após saída de Luciano

Com cautela, partido busca novas filiações e foca no Legislativo

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Depois de perder o prefeito Luciano Azevedo, que se desfiliou do partido para ingressar no PSB, o PPS de Passo Fundo vai concentrar as eleições de 2016 no Legislativo. Atualmente o partido conta com duas cadeiras na Câmara, ocupadas pelos vereadores Ernani Laimer e Pedro Danelli. Para Danelli, que também é o vice-presidente municipal do partido, a sigla continua unida com Luciano, mesmo com a desfiliação. Assim, o PPS deve indicar um nome para concorrer de vice de Luciano. Mas este não é o principal objetivo do partido, que espera aumentar para três, o número de vereadores na Câmara. “Estamos trabalhando para fazer uma boa coligação. A princípio está tudo bem encaminhado para uma coligação com o PSB, entretanto até a data para definição tudo pode mudar. Outros partidos podem entrar na base da administração e assim podem surgir outras composições”, afirma Danelli. Para Ernani Laimer, o apoio do prefeito continua igual, mesmo tendo saído do PPS, e também aposta em uma boa coligação na chapa proporcional para que o partido tenha uma bancada maior na Câmara, em 2017. “Só no retorno das atividades do Legislativo que nós vamos costurar as possíveis coligações entre PPS e PSB. É uma coisa natural, pela afinidade dos partidos, mas nada foi decidido, vamos conversar melhor para talvez concretizar essa coligação”, diz Laimer. Sobre a quantidade de mulheres necessárias para a chapa proporcional, Laimer revela que o PPS está tranquilo, pois já tem diversos nomes que estão à disposição como pré-candidatas.

O partido que perdeu filiados, juntamente com a saída de Luciano Azevedo para o PSB, em 2015, começa a retomar o seu crescimento com filiações em Passo Fundo, após um pequeno enfraquecimento no ano passado. Danelli lembra que o PPS não está em nenhuma lista de corrupção, o que resulta em credibilidade para o partido. Assim, as novas filiações passam por uma forte avaliação. “Selecionamos bem as pessoas que estão entrando e vão entrar no partido. O PPS não tem o objetivo de filiar 300, 500 ou 800 pessoas para ser um partido grande e sim ter filiados que tenham comprometimento com a boa política. Nosso foco é a qualidade e não a quantidade”, defende Danelli. Pensamento que também é compartilhado por Laimer. “Embora não tenha um grande número de filiados em Passo Fundo, o PPS apresenta uma lisura, mesmo em tempos de corrupção política. Temos um nome a preservar. Vamos aumentar o volume de representantes, mas sem esquecer esse nosso ideal”, conclui.

Sobre a janela de transferências dos políticos, para que possam mudar de partido, que vai até começo de abril, Danelli e Laimer também têm a mesma opinião. Segundo os vereadores ainda vai existir muito troca de siglas nos próximos dias, principalmente mais perto da data limite. O que para Danelli, acabará prejudicando um pouco o partido, pois as definições só poderão ocorrer após início de abril. “Hoje pode ser uma coisa, amanhã outra”, finaliza.

 

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