O deputado federal Giovani Cherini foi expulso do PDT pelo diretório nacional do partido. A reunião que definiu a expulsão do parlamentar aconteceu nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro. A decisão foi motivada pela desobediência de seis parlamentares pedetistas que votaram contra a orientação do partido em relação ao processo de admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff. No entanto, os deputados Sérgio Vidigal (PDT/ES) e Flávia Morais (PDT/GO) receberam advertência e foram afastados pelo período de 40 dias, quando serão observador e novamente submetidos a novo julgamento. Outros três deputados ainda serão julgados, mas a tendência é de que apenas Cherini seja expulso. A justificativa do partido é de que Cherini fez manifestações públicas anteriores a votação na Câmara, desobedecendo orientação partidária nacional. O PDT ameaçou todos de expulsão, à época, incluindo os senadores, que serão julgados em data a ser definida.
O que diz o deputado
Em nota divulgada depois da decisão, Cherini disse que “contraditoriamente, vive o dia mais triste e o dia mais feliz da vida política. Triste por me expulsarem da única agremiação política a qual fui filiado e que ajudei a construir nos últimos 28 anos, e feliz pelo sentimento do dever cumprido para com os meus 115.294 eleitores, mesmo nos momentos mais difíceis.” Segundo ele, seu julgamento ocorreu de cartas marcadas. “Antes mesmo da votação do impeachment, Carlos Lupi já havia decretado minha expulsão pela mera intenção de eu votar favoravelmente ao impedimento de Dilma Rousseff, tal qual se noticiou amplamente na imprensa. A decisão do Diretório foi apenas homologatória, própria de um partido que tem dono”, destacou.