O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou hoje (10), durante encontro com parlamentares em um restaurante em Brasília, que a confiança dos agentes econômicos na economia brasileira “começa a crescer e forte”. Ele lembrou que o país ainda sente os efeitos da retração econômica, que caminhava para ser a maior da história desde 1901.
Meirelles também voltou a destacar o déficit primário do ano que vem, que poderia chegar próximo de R$ 280 bilhões e não de R$ 139 bilhões como estabelecido pelo governo para a meta. Segundo o ministro, é melhor ter metas fiscais realistas.
Meirelles acrescentou que a crise brasileira foi gerada internamente, ao contrário das crises financeiras internacionais de 2008 e da crise da década de 30, com a quebra da bolsa de Nova Iorque. Para o ministro, no entanto, foi crucial fazer um diagnóstico correto, porque a confiança dos empresários e dos consumidores “caía sistematicamente até cerca de dois meses atrás”.
Como tem dito em várias ocasiões, Meirelles afirmou que o que gerou a crise de confiança foi o descontrole fiscal. Conforme o ministro, à medida que os gastos públicos começaram a crescer os agentes começaram a se preocupar com a sustentabilidade da situação fiscal e as taxas de juros começaram a crescer, com efeitos nos investimentos e no crédito, entre outros fatores.
De acordo com o ministro, por isso foi importante que o governo sinalizasse com uma mensagem forte de controle fiscal. Para Meirelles , é importante que o governo dê o exemplo e controle as próprias contas, oferecendo mecanismos que possam parar o crescimento da dívida.
Henrique Meirelles reiterou a imnportância de o governo ser transparente e dizer a verdade sobre as contas públicas “a partir da realidade e do diagnóstico. Meirelles encerrou o discurso aos parlamentares informando que é otimista e que é importante mostrar a população que seus filhos terão um futuro melhor.
Sobre aumento de impostos, Meirelles disse que é importante trabalhar duro para evitar a elevação de tributos, porque, segundo ele, a população não gosta do tema.
Agência Brasil