As eleições municipais já têm rostos, nomes e jingles: desde a última terça-feira (16) os candidatos a vereador, vice-prefeito e prefeito têm autorização para fazer campanha pelas ruas da cidade. De acordo com bases estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Passo Fundo registrou 283 candidaturas – 273 que disputam a Câmara de Vereadores e 10 para as chapas majoritárias, que concorrem à Prefeitura. Destes, 188 são homens e 95 mulheres. Os dados – que também conferem informações sobre sexo, faixa etária, grau de instrução, definição de cor e ocupação – mostram que Passo Fundo é um dos municípios com maior número de candidatos com ensino superior completo: 92 (32,5% dos registrados). Outros 31,8% possuem ensino médio completo (90 candidatos), enquanto apenas 3,5% (10) disseram possuir ensino fundamental incompleto. Destes, dois (0,7%) afirmaram que sabem 'ler e escrever'.
No quesito cor/raça, Passo Fundo recebe apenas uma candidata que se autodeclara indígena. Entre as mulheres, 77 consideram-se brancas, enquanto 12 se autodenominaram negras e cinco pardas. Os dados dos homens mostram que 168 se dizem brancos, 10 se autodeclaram negros e um pardo. Eles são, em sua maioria, casados (119). Adiante vêm os solteiros (55), seguidos pelos separados (oito judicialmente e seis divorciados). Entre as mulheres, pelo contrário, o maior percentual se diz solteiro: são 42 candidatas sem relação registrada. Outras 32 são casadas, oito viúvas e três separadas judicialmente. Além disso, as eleições municipais deste ano têm três candidatos com 18 e 19 anos. Todos se disseram brancos e figuram na lista dos que possuem ensino superior incompleto. Na faixa etária dos 20 aos 24 anos, 11 se autodeclaram brancos, enquanto um se diz pardo. São solteiros, em sua maioria.
O que fazem?
A profissão que figura com maior número de candidatos é a de empresário: são 18 profissionais do ramo – 15 homens e três mulheres. Em segundo lugar aparecem os administradores, com 15 trabalhadores da área, com equação equilibrada: oito homens e sete mulheres. Os comerciantes seguem adiante, com 13 representações, enquanto 12 advogados representam os profissionais do Direito. Nove candidatos são estudantes – seis homens e duas mulheres. Sete candidatas se autodeclararam donas de casa – todas do sexo feminino – e cinco se disseram trabalhadores da área da beleza: são cabeleireiros ou barbeiros: três homens e duas mulheres figuram a lista. Três dos candidatos registrados são agricultores (todos homens) e uma candidata é engenheira agrônoma. Entre as profissões com apenas um representante estão arquiteto, artista plástico, cobrador de transporte coletivo, cozinheiro, eletricista, frentista e cantor.
Quais os partidos?
O partido com maior número de candidaturas é o PCdoB, com 28 cadastros. Tanto PROS quanto REDE possuem apenas um candidato registrados. O que tem maior número de mulheres é o PMDB, com 13 representantes – número igual do sexo oposto. A Câmara de Vereadores é disputada pela coligação 'Juntos por Passo Fundo' – de Luciano Azevedo (PSB) e João Pedro Nunes (PMDB) – 195 candidatos. Já na chapa 'Passo Fundo para todos' – de Osvaldo Gomes (PP) e Alcindo Roque (PR) – foram registrados 43 candidatos. O anúncio, no lançamento de campanha, foi que a chapa teria 64 concorrentes. O PT segue com 14 candidatos a vereador, enquanto o PSOL apresenta 12 e, por fim, o PSTU, seis.
Impugnações
Há uma semana é permitido que candidatos distribuam materiais gráficos e realizem caminhadas, carreatas e comícios pelas ruas das cidades. Ainda assim, o período de homologação das candidaturas não chegou ao fim: as impugnações – que excluem os candidatos que não atendem às condições de elegibilidade – encerram hoje. O próximo passo inicia nesta quarta-feira (24). “Todos os processos passam pelo juiz eleitoral, que vai se pronunciar quanto as impugnações solicitadas. Até o dia 26 a situação dos candidatos deve ser 100% definida: se estão autorizados a permanecer na disputa eleitoral ou se estão fora, ou seja, foram impugnados”, destaca a chefe de cartório da 33ª zona eleitoral, Calinda Alves Mota. Se um candidato for impugnado e recorrer da decisão, o processo segue adiante – e o candidato prossegue a campanha até resolver a questão com o Tribunal.
