O candidato a prefeito de Passo Fundo, Rui Lorenzato, do PT, foi o entrevistado de ontem do programa Canal de Notícias, da UPFTV. As entrevistas são feitas em parceria com o Jornal O Nacional e Rádio UPF. A série encerra nesta sexta-feira. O candidato do PT tem como vice Mariniza dos Santos.
Por que o senhor quer ser prefeito de Passo Fundo?
Rui Lorenzato: Estamos nessa caminhada e queremos ser prefeito de Passo Fundo porque achamos que o município deve dar continuidade ao desenvolvimento, ao seu crescimento sustentável e realmente fazer com que Passo Fundo possa dar uma produção de maior qualidade de vida para a população com geração de emprego. É um trabalho que estamos fazendo nessa campanha e com muita responsabilidade e compromisso para realmente fazer Passo Fundo continuar no seu desenvolvimento sustentável para que gere qualidade de vida.
O senhor tem dito, na sua campanha, que Passo Fundo perdeu muitas vagas de trabalho e que o município tem responsabilidade com isso. Como gerar empregos locais diante de uma crise que já desempregou mais de 11 milhões de brasileiros?
Rui Lorenzato: Exatamente. Dentro do desenvolvimento sustentável, eu acho que temos que dar muito forte o apoio e ter políticas claras no sentido de apoio ao desenvolvimento da pequena, da média empresa, da economia solidária, que são empreendimentos que geram emprego também. Nós temos esse grande compromisso de fazer isso porque recentemente a gente tem percebido que o município de Passo Fundo está estagnado na questão de desenvolvimento. Se nós observarmos, em gestões passadas, há anos, nós tínhamos uma geração de emprego crescente de mais de dois mil empregos em Passo Fundo, agora nós temos, no último ano, uma média de 340 empregos gerados no município. Nós precisamos atacar fortemente a questão do desemprego porque nós sabemos que a juventude está chegando ao mercado de trabalho e nós próximos dez anos, nós precisamos, em Passo Fundo, gerar necessariamente, mais de 22 mil empregos. Isso significa nós termos uma política de apoio, de investimento, às pequenas e médias empresas com distrito industrial bem planejado, em que temos fortalecer essas empresas, instalação de empresa que têm a necessidade de ampliar os seus espaços e não conseguem. Há empresas que tem oito, dez, 15 empregos e que poderiam estar gerando mais empregos, mas estão estagnadas. Então nós precisamos de uma política clara de apoio, de distrito industrial, de fazer com que essas empresas possam realmente dar um passo a mais de ampliação da sua atividade para que automaticamente gere emprego, e gere receita para o município. E quando eu falo receita para o município, é necessário termos claro que com receita o município, o gestor municipal, pode investir em políticas públicas que resolvam muitos problemas cruciais que nós temos.
Que outras prioridades o senhor teria o município?
Rui Lorenzato: Posso citar um problema crucial que nós temos aqui no município que é a questão da habitação. Temos que enfrentar também esse problema habitacional com o déficit de mais de dez mil famílias, que há no município de Passo Fundo. Temos que atacar esse problema e fazer com que haja novos loteamentos, adquirindo áreas para a instalação de novos loteamentos. Para que a gente possa fazer com que mais famílias consigam viver bem, com dignidade e viver melhor em Passo Fundo. Isso se dá com uma política muito clara de resolver o problema habitacional com a construção de casas.
Considerações finais.
Rui Lorenzato: A gente está nessa caminhada, queremos fazer uma gestão bastante enxuta, transparente e com muita participação popular. Nós queremos exagerar na participação popular porque o diálogo, quando se pensa e se preocupa com o orçamento municipal, é muito importante. Ouvir a comunidade de Passo Fundo, pois é ela que vai nos dizer onde é que deve ser investido um pouco mais ou um pouco menos, levando em conta o orçamento municipal que nós temos. Para o ano que vem teremos mais de 612 milhões para ser distribuído. Nós queremos a participação da população para ela nos ajudar a ministrar. Não é o prefeito mais um assessor, em quatro paredes, decidir as coisas, é o orçamento participativo, a participação popular, é ouvir também os conselhos municipais, pois é ali que se constrói política pública que dá resultado concreto ao município.